quinta-feira, junho 29, 2006

O 2º Viriato em sentido figurado


«...Fernando Ruas, foi o último e o mais violento. Segunda-feira, incitou a população do seu concelho, Viseu, a "correr à pedrada" os funcionários do Ministério do Ambiente.» in www.Publico.pt

quarta-feira, junho 28, 2006

Nenhum Deles Sabia, Mas Eram Todos Robots.

Todos fazemos parte da grotesca engrenagem em que se transformou a civilização humana. Uma máquina/teia que nos enreda e que assenta no consumo e produção, a liberdade tão proclamada é apenas virtual, o dia a dia é feito de rotinas e manipulações entorpecedoras dos arautos que agora aparecem nas televisões em vez de aparecerem nas praças ao som de cornetas, já não há lugar á novidade, á parte as inovações tecnológicas, vive-se a era da estagnação tanto a nível cultural, como em relação ás artes. Já não se inventam novas formas de viver, já não se inventam novos géneros musicais, já não se inventam novos estilos de pintura, tudo é repescado do passado.
Esta máquina transforma-nos em robots pois não só nos controla através do trabalho como também através do lazer, fazendo-nos cair numa letargia da qual nem sequer nos apercebemos encarcerados em frente a monitores, "Sitiados", mas dizendo alegremente e de forma imbecil que vivemos na " Aldeia Global".
Não consigo explicar isto muito bem, mas este senhor consegue:

Adolfo Luxúria Canibal

As Tetas Da Alienação

Testemunha ocular da miséria mental que é mistificar a tristeza banal
de viver a juntar tanta coisa vital para a vida vulgar parecer divinal
e com isso ocultar a pobreza real de um gesticular reduzido a sinal.
Não consigo calar a origem deste mal que nos anda a atacar todos por igual.
Tudo assenta no consumo e produção, são as tetas desta nossa alienação,
trabalhar ou morrer, é-nos dado a escolher, o trabalho é direito transmutado em dever,
não se pode morrer, já lá diz o preceito, e se formos a ver não há nada a escolher.
Para sobreviver o trabalho é foral, não morrer consumindo não se chama viver.
O consumo é o aval para se ir produzindo e com o seu acrescer fecha o ciclo infernal.
Tudo assenta no consumo e produção, são as tetas desta nossa alienação.


Sitiados

Em volta, o triturar exausto de máquinas infernais,
Tráfego, tráfego e punhais-
Fábricas, prédios em construção,
Néons, buzinas - tudo em combustão
E a terna poesia de uma sucata sombria:
Dejectos e detritos
Em abaraços de ferrugem,
Gritos!
Gritos!
Gritos!
Sitiados!
Sitiados!
Sitiados!


Aldeia global

Anda eufórica toda a gente com a era da informação, fechada em casa ligada á rede ou grudada á televisão na vertigem das notícias em constante circulação, sempre mais e mais depressa. "É a Aldeia Global", explicam num júbilo imbecil, prontos a desfilar o rosário de maravilhas dos novos tempos, sem discernirem que aldeia sempre foi sinónimo de isolamento e conformismo, de mesquinhez, aborrecimento e mexerico e que, de qualquer modo, o que verdadeiramente interessa se mantém secreto. Do além-mar ou da máfia, julgam que tudo se pode saber, economia ou política? O difícil é o escolher (por parte dos media): crimes de sangue, relatos de amor são mais fáceis de perceber, " É a Aldeia Global " - explicam num júbilo imbecil, prontos a desfilar o rosário de últimos acontecimentos sem discernirem que, contrariamente ao mundo observado directamente, em que a relação com o real é absoluta, estão a consumir meros resumos simplificados da realidade, manipulados num fluxo de imagens de que são simples espectadores e cuja escolha, cadência e direcção não controlam nem têm possibilidade de verificar a veracidade eb em que, finalmente, no frenesim meticulosamente planeado de dados surpreendentes, o que verdadeiramente importa se mantém secreto, o que importa é saber onde raio se oculta o poder.
Saudações e Abraço!

segunda-feira, junho 26, 2006

Bebi...


... O cão, foi quem botou prá nós beber...


Há dias em que nem 5 litros chegam...

domingo, junho 25, 2006

apontamento pós-portugal vs. holanda

escrevendo ao som de búzinas e foguetes, chegando à secretária depois de mais uma prevaricação na janela do escritório pergunto-me:

-"A quantidade de luzes da sala que se apagam e as que se acendem no quarto indiciam exactamente o quê?"

josé de arimateia, apenas aqui a ver

sexta-feira, junho 23, 2006

Observatório.

O Porto apresenta um sol grego que se instala nesta sala de espera de uma das mais movimentadas empresas de passageiros do norte de portugal. Sento-me numa das cadeiras enquanto consulto publicidade ao S.João do Porto por ali depositada, assumidamente destinada a cidadãos estrangeiros, enquanto que ao meu lado, de óculos dourados, uma idosa consulta uma publicação religiosa onde se lia sobre o sagrado coração de Jesus. Por momentos dei comigo a meditar acerca da máquina de propaganda que a igreja católica deverá ter ao seu dispor, do marketing estruturado e consciente dos seus objectivos e que tão bem cria ícones, símbolos, logos, entre outros elementos cuja digestão se dispensa quando nada mais há em que pensar.

Há um fechar de revista e os cinco minutos seguintes são passados a contemplar as circulações várias que me eram dadas a observar. A primeira conclusão é que a maioria dos transeuntes estão para lá dos sessentas, o que espero justificar o facto das senhoras estarem praticamente todas de rosto submerso por revistas de conteúdo que a nós não nos interessa, porque nada tem a ver com a nossa vida. De súbito alguém sentado ao meu lado, que eu já havia seguido há pouco porque se encontrava inexplicavelmente a beber café de olhos posto na máquina que acaba de o servir – estaria à espera de um “boa-tarde e obrigado” atirado com o brilho que só um sorriso simpático pode fazer emitir? A desilusão instala-se seguramente – ora, como dizia, sou interpelado pela dita pessoa, no feminino, que afirma saber que sou conhecedor de manhas de telemóveis e que o dela, preguiçosamente, se negava a captar a rede que lhe permite fazer os últimos contactos antes da viagem. Tomei conta do telefone e como calculam resolvi o problema. Simples desconfiguração das opções de rede, e eu não sou conhecedor de telemóveis, não ao nível que a dita julga que eu sou. Não sou.

O velho clássico começa agora a tomar contornos cada vez mais clássicos. O autocarro leva 40 minutos de atraso e sinto necessidade de mudar de pouso. Ergo-me, coloco a brochura são joanina na mesa onde a encontrei porque aquele S.João das marteladas, dos manjericos, das sete da manhã, dos bailes por todo o canto e esquina, e que ali se vende sob a forma contada, já eu conheço há muitos anos e para mim é de borla, ou pelo menos já foi, quando não era necessário regá-lo.

Encontro guarida ao lado de uma idosa que lia um exemplo daquelas revistas “de conteúdo que a nós não os interessa. Naquela publicação, salvo seja, era possível saber porque foi preso um ex-exemplo para a sociedade portuguesa, participante de um reality-show do tipo “isso agora não interessa nada!”. Mais, apresentavam-se fotos dos papás do detido, revoltados, defendendo a inocência do filho. É certo que o defendam, mas não é preciso que nos vendam isso. Pior, para que alimenta esta velhinha semelhante mercado? Umas dão-lhe no sagrado coração, outras no filho dos pais tristes porque aquele foi preso injustamente e hoje já ninguém lhe reconhece glória.

Não, obrigado! Atiro eu para um magrebino que tentava também ele, vender-me a ideia de que é cristão e tem dois filhos e uma mulher, repito, uma mulher, e que não tem emprego, etc. Não aceito o papel de impressão gráfica com imagens religiosas católicas que o magrebino tenta colocar-me em mãos. Se me tivesse dito que veio de Marrocos tentar a sorte na Europa mas a cena não estava a correr de feição, talvez lhe tivesse oferecido cinco euros. Agora, tentar convencer-me que só tem uma mulher, isso não. Lá o ser católico até posso engolir. Deus meu! O mesmo não acontece com a idosa do lado. Não a da revista, outra. Primeiro lê o papel nas mãos do indivíduo, depois toma-o e procura umas moedas enquanto o Magreb católico contínua a propagandear-se pela sala distribuindo lamentos sob a forma de papel com alguma qualidade gráfica, como disse, e cuja fonte me limito a não especular.

“O meu nome é Pedro. Saí há pouco tempo de um estabelecimento prisional e gostaria que me arranjasses um euro para não voltar à vida do crime!” Fico mudo. Em fracção de segundos reparo-lhe os brincos a imitar diamante, um para cada orelha qual jogador da bola, o moreno do rosto em olhos claros a adivinhar tardes de sol bem passadas, o cabelo arranjado à moda, a pulseira, os anéis, um para mindinho outro para o indicador, o discurso, dez cêntimos foi quanto lhe valeu porque era chato. Aproxima-se da senhora que lê o papel publicitário do Magreb católico, no mesmo instante em que o próprio Magreb se encarrega de levar o que é seu e o suposto ex-condómino de “um estabelecimento prisional” tenta argumentar perante a velha senhora. Estava prometido ao senhor dos dois filhos, atira a idosa. O mesmo voltaria a repetir-se, com alguém de meia-idade, sem constrangimentos verbais e que prontamente diz não poder dar a todos, sugerindo que dividissem o pouco que ela tinha para oferecer. Ainda lá ficaram. Acredito que lá se encontrem. Na sua luta diária. No soberbo lucro em virtude da boa vontade de quem tanto dá a revistas como dá a pedintes. Na aborrecida tarefa de ser aborrecido em troca de uns trocos.


De olhos postos nas vidas,
Babince

Running Low

-"Já não há pachorra!"- Última frase proferida pelos convivas antes deste texto ser redigido. Foi bastante a propósito, pois exemplificou perfeitamente o sentido desta composição!
O sumo da vida corre fraco! Retirado das folhas para os ramos, dos ramos para o tronco, do tronco até às raízes para regressarem à terra e alimentarem toda e qualquer erva daninha no caminho dos nossos nutrientes.
Mel do meu fel expelida pela pele! Vida em tropel por terras do Fidel! Assim diz Alberto João com o seu jeito de cabrão! O Jerónimo de Sousa come pratos de lousa! O Louçã curte é tipas de fisionomia barregã! O Marques Mendes fala tão baixinho que nem o entendes! O Ribeiro e Castro é líder de um partido que está tão longe da realidade como o mais próximo astro! O Sócrates de nome José cansa-se tanto de aldrabar que qualquer dia já não se aguenta em pé! O Barroso também conhecido por Durão deu o salto e só mostra que é cagão! O Paulo Portas saiu de cena por não curtir pirocas tortas. Oh Guterres, é melhor que te desterres. Soares, usa umas fraldas para não te borrares. Freitas, escolhe de uma vez o par com que te deitas! Oh Almeida Santos, se achas que ganhas pouco, vai vender uns "recuerdos" para Barrancos! Jaime Gama, também fazes parte desta trama. Fernando Nogueira, debaixo da parreira! Carvalhas rima com baralhas! Vitor Constâncio, Quim Roscas e Estacionâncio! Celeste Cardona, diplomada parvalhona! Félix, a.k.a Bagão, deve ter poupado ao "estado" um dinheirão, mas foi o Zé Povinho que abriu a bolsa com a sua própria mão! Braga de Macedo... é um a agarrá-lo e outro por trás a fodê-lo! O Santana é um Lopes que não acerta os trotes! Sampaio... foi apenas mais um papagaio! Corrigir Dias Loureiro a vara de marmeleiro! Alcatrão e betão boçal é só com o Ferreira do Amaral! Mota Amaral...Opus Dei...Separatista Insular...Débil Mental! Nuno Melo... PP a patrocinar mais um caramelo! Ouvir a Odete é um grande frete! Ana Drago e uma garrafa de Vidago! O Leite da Manuela Ferreira é nojento de qualquer maneira! Ora fodasse, sobra o Cavaco, outrora renegado, hoje desejado e há-de guiar Portugal na senda do buraco!

Umas limas e um picador de gelo, se faz favor!
Mazi dEUS eX mACHINA

quinta-feira, junho 22, 2006

o mundial, mário machado e manu chao

Boas!

A este post se deve todo silêncio que agora quebro com uma noção mais ou menos perfeita daquilo que quero dizer. Para quem já se esqueceu (e tenho a certeza de que são muitas as pessoas que já se esqueceram) vou recapitular:

há cerca de duas semanas atrás deu um programa num dos canais públicos sobre os neonazis e skinheads em portugal. Nesse mesmo programa foi entrevistado Mário Machado, líder de uma claque de extrema direita, coleccionador de armas e miliciano, segundo ele, preparado para tomar as ruas de assalto. (Agora aparece no jornal crime a dizer que os filhos dele foram ameaçados de morte e que para comprar uma arma basta ir ter com um cigano numa praça perto de si - terá sido daí que vieram as armas dele? será que não pensou que o discurso do ódio provavelmente levantaria algumas inimizades?) Penso que este programa que deu à hora de jantar passou ao lado de muita gente... na altura já a febre ia alta e o verde, amarelo e vermelho cegavam já muita gente que acreditam que meia - dúzia de toques de bola salvam toda a imagem de um país perante a opinião estrangeira.

Eu era apologista de que Portugal perdesse com Angola ou talvez ainda melhor, com o Irão: tanta bandeira e gritos patrióticos começam a magoar a minha sensibilidade. Infelizmente tal não aconteceu e podemos continuar a ver os nossos meninos a ganhar uma PASTA BADALHOCA a chutar uma bola! BOM!

Agora, que mecanismos cerebrais ligaram Mário Machado ao Mundial metendo lá pelo meio Manu Chao? Passo a explicar!

Um dos jogadores da selecção de todos nós foi alvo de uma manifestação de descontentamento popular por parte de alguns elementos rácico-nacionalistas, que diziam que ele não podia NEM DEVIA ir representar o nosso país ou a nossa pura nacionalidade. Esse jogador marcou um dos golos da vitória de Portugal num dos últimos jogos - perdoem a falta de precisão, mas futebol não me puxa para apontar dados. O mundial, através do selecionador e de um sobejamente conhecido "fazedor de opinião", trouxe a invasão da bandeira, os gritos de portugal, um certo vocabulário bélico aplicado ao futebol. Toda uma máquina de propaganda digna de um "amigo" já falecido.

A "pureza" do nosso sangue onde correm todos os genes de quem passou pela península num passado distante (para referir alguns que incomodam certas mentes tacanhas, árabes e judeus, cujos instrumentos científicos e dinheiro roubado permitiram esse grande orgulho nacional, os descobrimentos) ou de quem por aí andou e veio cá ter ainda hoje em dia (africanos, chineses, indianos, albinos, morenos, brasileiros, romenos, ucranianos, algumas pessoas sem país nem terra) não é algo digno de defesa... nem de comentário porque não passa de sangue: uma coisa vermelha, líquida, que nos mantém vivos enquanto o coração bate.

Agora querem fechar as fronteiras: o espaço na europa torna-se cada vez mais apertado, uma pequena ilha onde só alguns podem viver e florescer. O mundial serve para amenizar tensões: como se dissessem "Vêem, toda a gente tem as mesmas oportunidades...".
Para um partido minoritário que agora aparece de cara limpa aproveitando a febre é esta a ocasião perfeita para atribuir a tudo o que é diferente, e metendo tudo no mesmo saco, a falta de poder de compra, a desvalorização, a inflação, a insegurança, a quebra da unidade familiar, a droga, a falta de sinceridade dos políticos... tudo isto é culpa da imigração, dos gays, das pessoas que não acreditam em portugal...
portugal, sim com letra pequena, a mais pequena possível, país estagnado que acredita em tudo o que é cuspido da televisão ou por pessoas de fato; portugal, o país da europa onde se regista o maior número de abandono escolar, onde a taxa de alfabetização ronda os 85%, onde os professores brincam aos alunos e marcam greves para vésperas de fins de semana e feriados; o país que lidera a união europeia em acidentes de trabalho; portugal acredita na sua selecção e naquilo que antiguidades prédemocráticas dizem invocando argumentos que o alvor da ciência moderna MATOU! A eugenia, a crença numa raça superior ou na superioridade de uma raça é algo ridículo! Andamos aí em grande mistura desde o início dos tempos... aquele man da cruz gamada que dizia que os arianos isto e aquilo era um baixote de cabelo castanho com ligeiros tiques homosexuais... e que, se lhe tivessem dado tempo, teria tomado esta "orgulhosa raça lusa" e feito dela uns óptimos escravos... sim, porque o luso não é ariano...

De fronteiras fechadas explorando o mundo que nos rodeia, engordando às custas da fome de pessoas do outro lado do mundo, sim porque o mundo é finito e o que nele há não chega para todos... e muito para poucos significa pouco para muitos.

Dizia, de fronteiras fechadas explorando o mundo que nos rodeia, estagnando no caldo popular que aquece e aquece e morre sem desenvolver em novas direcções, novas culturas...
Aqui entra Manu Chao, que conseguiu dizer quando perguntado sobre o fenómeno da imigração e do fecho das fronteiras algo de muito mais inteligente do que todas estas palavras:

"Os fluxos migratórios são rios. Fechando o caminho dos rios toda a água se estraga."

Todos somos do mundo...

bem, voltem lá ao vosso mundial, às vossas vitórias da pissa porque nada vai mudar enquanto a vossa cabeça não mudar a ordem de importância daquilo que vos faz gritar e sonhar...
e não se esqueçam: uma bandeira em cada janela, em cada carro, em cada mão e gritar bem alto:

PORTUGAL!
PORTUGAL!

josé de arimateia, cuspindo na bandeira e na noção de nacionalidade

S. João, S. João, dá cá um balão, para eu brincar

foto: quase

Boas tardes aos jardineiros e frequentadores deste espaço de verdejante liberdade mental.

Hoje o que tenho a dizer é rápido, indolor talvez, apesar de haver tanta gente com um ar triste nas ruas apesar do sol, das festas que se aproximam, das prespectivas de subida de poder de compra algures por 2008.

Quem anda pela baixa, ou mais precisamente pela praça D. João I, já deve ter reparado no cartaz que acima está afixado. Não sei se o leram ou não, mas eu parei, li, morri de riso e fotografei.
A isto é que se chama espírito empreendedor, digno de um Henry Ford, de um Krup, de um Belmiro... aproveitar nichos de mercado, ver uma oportunidade onde os outros vêem um pedaço de plástico barulhento e imcomodativo, ver um "produto" já completamente desenvolvido, testado, com público - em suma, algo a que apenas é necessário deitar a mão.

Como diz o outro "eles comem tudo e não deixam nada". Quem agora tiver martelos de outros anos (peças de fabrico resistente capazes de sobreviver à autêntica guerra das marteladas) terá de se livrar deles ou fechá-los em casa para que ninguém saiba que agora se participa num crime; cada polícia terá de analisar cada martelo exaustivamente; o alho porro, essa planta excessivamente perfumada que teimam em nos enfiar debaixo do nariz, vai ser a imperatriz da festa deste ano.

A minha teoria, não podia deixar de faltar, é que a empresa que comprou a patente tem ligações com o comércio de alho porro. Agora e basicamente são donos do S. João detendo o monopólio dos artigos da festa!

Não há leis contra o monopólio?

Bom S. João para quem gosta de tal!

josé de arimateia, passeando pelo porto em dias de verão

quarta-feira, junho 21, 2006

Antigamente Era Mais Fixe

Existem duas coisas que são usadas como pretexto para justificar a ausência de sobriedade: a música e o futebol. Até concordo que não existe melhor, para acompanhar com estados de euforia, mas acho que antigamente era mais fixe:



Maradona no auge


The Jimi Hendrix Experience


The Doors




Jefferson Airplane





Saudações e Abraço!

terça-feira, junho 20, 2006

Sentença:

Pena suspensa.

Hoje fui à Comissão para a Dissuassão da Toxicodependência, onde analisaram o meu caso, classificaram-me como consumidor regular de Haxixe.
A comissão deliberou suspender o processo provisoriamente por um período de seis meses, insusceptível de impugnação, com o fundamento de não existir registo prévio de qualquer processo de contra-ordenação da minha parte, ter 23 anos de idade, e encontrar- me bem estruturado do ponto de vista social, familiar e a desenvolver um projecto educativo.

Sim, não sou um drogado, mas um cidadão comum, responsável e integrado na sociedade.
Nada que eu não suspeita-se, independentemente das reservas de algumas pessoas que compõem a mesma(Vocês sabem de quem eu estou a falar).

Jesus Rodriguez, de volta aos relvados depois de um caso mal esclarecido de consumo de Doping.

segunda-feira, junho 19, 2006

Amor de Pai

"... e agora já sabes que não voltarei. Tu és general, querido pai. Não há sentimentalismo fingido entre nós. Mas é-me difícil admitir que possas oferecer o teu filho em holocausto à "verdade", para empregar a tua palavra favorita. Tens poder para tirar-me daqui e evitar-em uma morte inútil. Não o fizeste. Não falemos mais disso. Contento-me em recordar-te estas palavras da última carta: "A tarefa de um soldado, em tempo de guerra, é pesada. Deves permanecer fiel à tua bandeira e vencer com ela." E eu respondo-te: Não há vitória, meu general! Há apenas homens que caem chamando pela sua mãe. Tranquiliza-te, saberei terminar convenientemente, ainda que pense que, aos 23 anos, é um pouco cedo. Beijos à mamã. Cuida dela, pensa na sua doença de coração. Adeus... meu general!"

Extracto de uma carta...
Escrita por alguém...
Algures em 1944...
Por detrás de uns escombros quaisquer...

Há formas muito amargas de morrer...
Esta é capaz de ser das mais revoltantes...

Heavy Fuel

Last time I was sober, man I felt bad
Worst hangover that I ever had
It took six hamburgers and scotch all night
Nicotine for breakfast just to put me right

My life makes perfect sense
Lust and food and violence
Sex and money are my major kicks
Get me in a fight I like dirty tricks

My chick loves a man who's strong
The things she'll do, to turn me on
I love the babes, don't get me wrong
Hey baby, that's why I wrote this song

I don't care if my liver is hanging by a thread
Don't care if the doctor says I ought to be dead
When my ugly big car won't climb this hill
I'll write a suicide note on a hundred dollar bill

Because if you wanna run cool,
You gotta run, on heavy, Heavy Fuel!

Letra da musica - Heavy Fuel (Mark Knopfler - Dire Straits)

domingo, junho 18, 2006

Casos de Polícia

Jovem estudante de 23 anos foi apanhado com 0.20 gramas de haxixe, com mais 4 individuos que se encontravam a fumar haxixe na Praça Parada Leitão, junto ao Café Ancora D`Ouro vulgo Café Piolho, local sobejamente conhecido por tráfico e consumo de droga(dito pela autoridade), tendo mais nada se encontrado em sua posse.

Sim, poderia ser mais uma coluna na secção de polícia de qualquer jornal, mas não. O jovem estudante de 23 anos que tinha consigo uma dose individual de haxixe era eu.

Para mais informações dirija-se a este blog http://ate-logo.blogspot.com/.

Jesus Rodriguez, mais um guarda-redes Sul-Americano apanhado nas malhas da lei.

pisando a relva

Emitiendo para to'a la galaxia

Caros Jardinianos,

publico esta posta à jardinesa como que a dizer "já cá tou!" e para que conste que tenciono fazer um piquenique (sopa de letras) de quando em vez, agora que deixei de ser bloganalfabeto e agora que tenho esperança de que a vida me continuará a obsequiar com 'coisas' com as quais valha a pena me esforçar para partilhar.

A título inaugural deixo um pequeno contributo elucidativo e pertinente:

Se tudo fossem rosas, não haveria jardins. E ademais, o espinho faz parte da vida. (não me refiro aqui aquela conhecida cidade de ruas numeradas...).

É tudo para já.

Jóne,
enxotando moscas...

sexta-feira, junho 16, 2006

Ai portugal, portugal.

Enjoativo, nauseabundo, fastidioso, é como defino todo este clima de efervescência desmesurada em defesa de portugal. Estou cansado de hinos e bandeiras com pagodes chineses, de gritos e desesperos, de velas e promessas, de loucos que pedalam quilómetros sem fim ou caminham com quilos de peso sobre si próprios, de doença desmedida, … de actos de afirmação patriótica. E quando todos pensam que a atmosfera portugalóide que se vive é fruto do “amor à pátria” (que nojo, perdoem-me), pois eu, em verdade vos digo, que hoje se grita acerrimamente “por-tu-gal”, do mesmo modo como se entoam durante o ano cânticos de “SLB’s”, “Pintos da Costa”, “Boabistaaas” e companhia ilimitada… com a desvantagem de que agora são aos ranchos e todos a dar-lhe no mesmo vira.

Imagino que a qualquer hora destas, num qualquer episódio pseudo-notícioso daqueles que nos propõe a televisão, um qualquer repórter, depois de mais uma subida do desemprego, aumento da inflação e dos combustíveis e do IVA, do pão, e do vinho, e do preço do dinheiro, das lâminas de barbear, e daqueles bolinhos de feijão magníficos da confeitaria do bolhão, ora, de tudo… perguntará o repórter, como dizia, a um exemplar português o que pensa de portugal, e a resposta, pronta e debaixo da língua andará em torno de: “Ora bem, a falta do Jorge Andrade é visível, o Quaresma pá, o Quaresma é um crime não lá tar, o Cristiano Ronaldo é um bom jogador mas é só manias pá, … e o Figo é o maior… e o Vítor Baía, Vítor Baía, Vítor Ba….”

Euforias e alegrias não combinam com o português de portugal, deixem a folia para quem sabe e percam lá o campeonato para o brasil. Lutem por chegar o mais longe possível e percam no último minuto, de certeza que é isso que verdadeiramente todos os portugueses desejam que aconteça, para que possam de norte a sul (excepto ilhas, salvo as freguesias em que nasceram alguns dos seleccionados) sofrer definitivamente e mais do que nunca. Entreguem aos portugueses a justificação que há muito anseiam encontrar.

Heróis de quê? Às quê? Armas? Que canhões? Vamos agora contra os canhões… que país anacrónico. Deste portugal não quero mais, já vai amolando um bocadinho.

Por outro lado deve haver por aí uns senhores que estarão a limpar os beiços com tudo isto. Aliás, há um personagem da história recente do “nosso” país que, das duas uma, ou está a dar cotoveladas de alegria na tumba que o segura e, felizmente, nos priva da sua presença; ou então chora como um menino por tudo isto se cumprir por uma máquina de propaganda que não a sua. Ainda assim, apesar de ambas as máquinas me desagradarem, vou preferindo esta que não a dele… ora porque esta é de modas e portugal não dura sempre.

Chiça!

Em busca de um bunker,
Babince

Idos de Junho

Mês de calor e de chuva, de muito trabalho para mim. Mês de exames, entrega de trabalhos, mês de mundial. Ando em filmagens de uma curta-metragem. Claro que tambem não tenho fugido à diversão. Posso dizer que tenho andado por aí e não me tenho enfadado com uma rotina que ainda bem para mim não tem existido mas me tem cansado por não conseguir dormir de uma forma rotineira e saudavel, talvez seja do calor.

Tenho tido muito pouco tempo para escrever para este jardim, não me parece que seja um problema de tempo mas sim mental, cheira- me que é mais de cansaço mental o meu problema. Desde meados do mês passado que pouco tenho parado. Acho que tenho que me deixar de queixar já que este não é o maior dos meus problemas, mas sim uma solução para eles, talvez agora comece mesmo a entrar num verdadeiro ritmo de trabalho ininterrupto durante o próximo ano. Mas quem eu tou a tentar enganar, nem a mim próprio me consigo, quanto mais os outros, algo me diz que sempre terei tempo(espero que muito) para o ócio, vício esse que me persegue a já longo tempo.

Este mês e o próximo acho que mudarão um bocado a minha vida, tanto a nivel escolar(sim, porque para mim sempre andarei na escola) bem como pessoal.
Estarei eu à espera de algo? Talvez.
No final do próximo mês, verei o que se terá passado.

Os meus cumprimentos para os gajos do jardim e para toda a gente que estiver a ler estas palavras.

Jesus Rodriguez, atafulhado de folhas de apontamentos que amanhã é dia de campeonato, não do Mundo, mas dos exames.

quarta-feira, junho 14, 2006

A Vida é Bela

Recuperando o título daquele que para mim é o melhor filme de Roberto Benigni, a vida é bela, não há sombra para qualquer dúvida, senão vejamos, num momento estou a cumprir mais um dia "di laboro" na área de serviço do costume, e de repente recebo uma mensagem que me porprocionou assistir a parte do concerto de Funkyard e reeencontrar alguns Amigos com quem já não estava á demasiado tempo, eles sabem quem são!
Embora muito dificilmente possamos reeeditar os tempos de verdadeiro delírio de outrora, pois o passar dos anos e as circunstâncias levam sempre cada um para o seu próprio caminho, é lindo reencontrar amigos que fizeram parte dos melhores e mais bem passados dias da minha existência.


Saudações e Abraço!

terça-feira, junho 13, 2006

O Porão Está Lotado!

Porto de Marselha... Cais de Embarque... 11 horas e 30 minutos da manhã.
Navio de recreio "Pippo Mazini"!

- "...45 lugares sentados/150 lugares de pé..." - Berra o Capitão da embarcação!

Gera-se descontamento entre os embarcadiços...

- "Que é que querem!? Não dá para ir toda a gente sentada! ...

... a turba informe descontrola-se e torna-se ingovernável... IRA!!!

No meio dos tumultos, ergue-se o Capitão disfarçado de Contramestre da embarcação. Um rude homem, de feições afiladas e pele tisnada por muitas horas de sol a navegar em mares verdes e por vezes mui revoltos. (Diz-se que é dos lados das Terras de Santa Maria... Mas ninguém sabe e menos que ninguém ousa perguntar-lhe.)
De megafone na boca, brada em voz cava:

- Senhores passageiros, lamento imenso. Apesar de haver lugar para todos no meu cruzeiro, só a alguns é que posso dar o devido tratamento respeitoso e atenção especial...!

... nesta altura, quem verdadeiramente não interessa, põe-se de parte e vai-se embora...

... e por esta mesma altura os melhores lugares estão tomados de assalto... e com todo o gosto!

Um bando de insurrectos irredutíveis, que se auto-intitulam...

Bandalheira Filarmónica Funkática!

... nada a fazer...

...tudo reviram e subvertem...

Abraço...


Mazi dEUS eX mACHINA

quinta-feira, junho 08, 2006

2006 - Apocalypse... Later...


Em pleno Dia da Besta, 6 de Junho de 2006,enquanto estava folheando o Apocalipse da Bíblia, deparo-me com um conteúdo deveras tenebroso. Eis alguns dos episódios que permitirão o cumprimento do Reino dos Céus...
Após as 7 cartas às Igrejas de 7 cidades (Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardis, Filadélfia, Laodiceia), a visão do Trono de Deus segurando o Livro dos 7 Selos, o Cordeiro em Pé com 7 Chifres e 7 Olhos, 12 mil eleitos por cada uma das 12 tribos de Israel (Judá, Rubem, Gad, Aser, Neftali, Manassés, Simeão, Levi, Issacar, Zabulão, José e Benjamim), 7 trombetas apocalípticas tocadas por 7 anjos, a Mulher e o Dragão, as 2 Bestas, Julgamentos, 7 Taças de Ira Divina que serão despejadas na Terra por 7 anjos e causarão 7 Flagelos (Úlceras malignas, mares que se transformarão em sangue, os Homens serão queimados pelo fogo do Sol, Trevas, o Eufrates secará e trovões, tremores de terra, saraivas...), a queda da Babilónia, Alegrias e Triunfo no Céu, Armagedon, Prisão do Dragão, o Milénio, o Juízo Final, a Nova Jerusalém...

Bom com tudo isto, nada tenho a temer de Lucífer e do temido 666...


Mazi dEUS eX mACHINA

terça-feira, junho 06, 2006

O POLVO


O Polvo é o Estado, aí está! Eu sei que a afirmação é exagerada, mas é aquilo que eu penso. E porque razão é que eu digo isto? Ora tal e qual como o polvo, os seus tentáculos chegam a todo o lado e a todos (bem, a quase todos!!!).

Mas o que interessa é que Portugal é o país que paga mais impostos da U.E. , temos dos níveis de qualidade de vida mais baixos dos quinze e daqui a vinte anos seremos o país mais pobre da U.E. , e ainda me dizem que tudo vai ficar bem, que paguemos os impostos e fiquemos caladinhos que o Estado vai tratar de nós, ora se o Estado trata de nós é sempre da pior maneira. E ainda vem o nosso primeiro-ministro dizer que é preciso que nasçam mais portugueses para pagar mais impostos. É este o Estado que eles querem, onde nada muda e quem paga sempre são os pobres. E enquanto o rosto do Polvo assobia para o lado, o zé povinho é que se lixa!


segunda-feira, junho 05, 2006

Porque na TV acontece.

Comecei a escrever. Agora é que é. Tenho de dizer coisas para que aqui, no Jardim Virtual, seja de facto um vegetal (eu).

Salvo algumas excepções, em que me sento para partilhar “coisas” com todos os que chegam ao jardim e estendem a manta e sei de antemão o que dizer, a maioria das vezes é um turbilhão de perguntas de mim para comigo mesmo na tentativa de encontrar o tema que me apetece abordar. Não por falta do que dizer, mas porque tudo me parece essencial quando boa parte do que em mim fervilha diz respeito às pessoas, em particular às pessoas num sentido global e indiscriminado.

Isto faz-me pensar particularmente na ausência de espírito crítico de validade-válida que prolifera na nossa sociedade. «Ninguém quer saber de nada!» As pessoas não têm agenda. Não pensam, falam, discutem, criticam ou exploram, nada que não lhes tenha sido colocado no prato para comer sob a forma deglutida. Quem identifica problemas no seio da sua própria comunidade? Quem coloca soluções mediante algo que lhe diz directamente respeito, e se encontra em debilidade?

Hoje, mais do que nunca, depois daquele eterno clássico em que apenas aquele que é reconhecido pela Televisão (sendo que o ‘T’ é racional) é valorizado/reconhecido pela sociedade, temos agora uma nova prática em que somente o problema que chega aos média é, para todos, um problema que carece de solução. Este é um comportamento recorrente a várias escalas. Desde as questões relacionadas com o Estado e a grande finança, até ao caso do vizinho do lado que espanca a mulher e os filhos. Tudo isto só é problema a partir do instante em que, entre uma garfada de arroz e um trago de vinho de lavrador, esse dito problema é colocado à apreciação do Zé Povinho num qualquer apontamento de telejornal.



Até ao dia em que a TVI reportou o espancamento da nossa vizinha do lado, depois de muitos “já a seguires”, num formato voz distorcida em que a vítima diz tudo o que jamais dirá à assistente social… todos aqueles “Ais!”, “Uis!”, por entre insultos e bugiganga que parte, durante noites a fio, não teve para nós qualquer importância. Só é verdade hoje, por que só hoje é notícia de televisão.

Certamente, se (e eu desatino com ‘ses’) em situações como a exemplificada ou outras, a denúncia for concretizada atempadamente perante quem deve efectivamente ocupar-se deste assuntos, os problemas não se prolonguem no tempo, nem sirvam de entretenimento para as mentes que estão a ser cultivadas pela televisão, em que realidade e ficção estão separadas por uma linha ténue e raramente perceptível pela maioria letárgica. E com isto justifico o presente.

Gostaria de deixar à consideração de todos o facto de, hoje, a televisão não reportar acontecimentos, ao contrário, apropriou-se do poder de os fazer acontecer.


Apertando o “Stand-by”,

Babince

domingo, junho 04, 2006

Vacas magras, ideias gordas ou gordurosas…

Olá dilectos amigos, eis que precipitam aqui neste ciberjardim meses depois da última vez, mais uma amálgama de ditos anódinos da minha própria lavra.
Não uso a palavra “lavra” de forma cândida, pois esse mesmo vocábulo a mim remete-me para o universo rural., ou para uma freguesia ou lugar do conselho de Matosinhos. Adiante!

Como expressão do carinho que nutro por este espaço e por tudo o que ele representa, apesar da minha inócua participação na sua dinamização, o que pode levar a interpretações contrárias nessa matéria, venho por este meio e com uma certa arrogância de quem não tem moral para tal, sugerir um próximo passo a ser tomado no sentido de dar um certo toque, não de Midas (claramente fora do meu alcance, caso contrário seria a nova galinha dos ovos de ouro), mas sim um toque de seriedade, credibilidade (palavras muito caras aos nossos fazedores de conteúdos informativos) e também “culinário”, não no sentido de cozinha mas no sentido de sala de jantar… Oh meus amigos, se queremos transformar isto em algo sério e credível temos de nos reunir todos à mesa. Todas as grandes decisões vindas da supra estrutura que inferiram nas vidas dos nossos antepassados, nas nossas e dos vindouros, são e serão sempre tomadas à mesa, acompanhadas por generosos condutos precedidos das entradas mais variadas, auxiliados por um poderoso sistema de regadio.

Todos sabemos que o tempo é de vacas magras, sobretudo nas carteiras (por mim falo, de falar...) e já que ao fim ao cabo somos “Os Gajos do Jardim” os mais sérios da história das mercearias, porque não um picki nicki num qualquer lugar bucólico? Sairá mais em conta? Creio que sim, mas “você decide”, como no programa da “TV WC”.

Para acabar, creio que a materializar-se seria de capital importância excluir o domingo à tarde (apesar de assim podermos responder à pertinente questão colocada por Nelson Ned), pois correríamos o risco de dar de caras numa qualquer mata do Grande Porto (que são cada vez menos) com o reverendíssimo e generosíssimo, de carnes, dux facultis (nem sei se é assim que escreve essa merda), saltitando alegremente em traje académico com uma cesta de vime debaixo do braço a caminho de casa da avozinha, trauteando uma inocente melodia do cancioneiro geral. Poderíamos nós fazer de alcateia de lobos maus e antropófagos e comer essa enorme vaca gorda de cérebro espongiforme, para no final arrotarmos de forma académica e uivar loucamente.

Fica dado o mote…

PS: Partido Socialista

AA: Aquele Abraço