sexta-feira, setembro 29, 2006

Desculpas aos nossos caros leitores

Por este meio, venho comunicar a todos os nossos leitores, o nosso sincero pedido de desculpas pela irregularidade e escassez de publicação dos posts.

Em nome de todos...

Mazi dEUS eX mACHINA, em busca de salário...

segunda-feira, setembro 25, 2006

Eu, o Mundo e a Felicidade!

terça-feira, setembro 12, 2006

Após ter visto o documentário «loose change»...

«Ser governado é... Ser guardado à vista, inspecionado, espiado, dirigido, legislado, regulamentado,arrumado doutrinado, predicado, controlado, calculado, apreciado, censurado, comandado, por seres que não têm nem o título, nem a ciência, nem a virtude (...). Ser governado é ser, a cada operação, a cada transação, a cada movimento, notado, registado, recenseado, tarifado, selado, medido, cotado, avaliado, patenteado, licenciado, autorizado, rotulado, admoestado, impedido, reformado, reenviado, corrigido.
É, sob o pretexto da utilidade pública e em nome do interesse geral, ser submetido à contribuição, utilizado, resgatado, explorado, monopolizado, extorquido, pressionado, mistificado, roubado; e depois, à menor resistência, à primeira palavra de queixa, reprimido, multado, vilipendiado, vexado, acossado, maltratado, espancado, desarmado, garroteado, aprisionado, fuzilado, metralhado, julgado, condenado, deportado, sacrificado, vendido, traído e, no máximo grau, jogado, ridicularizado, ultrajado, desonrado.
Eis o governo, eis a justiça, eis a sua moral!»
Proudhon

segunda-feira, setembro 11, 2006

9/11 Vocês não sabem quem são?


[Mais uma daquelas composições a que vou habituando a audiência.]

Distribuindo pins,
Babince

sábado, setembro 09, 2006

OBRIGATORIO VER COM ATENÇÃO...

algumas das verdades....

http://video.google.com/videoplay?docid=-7218920724339766288

beijos

sexta-feira, setembro 08, 2006

Jardineiros do Meu Coração


É com agrado que comunico à nossa comunidade que existe um novo blog......


o BOCA de INCENDIO
...com tudo aquilo que importa saber sobre os meandros desportivos...



Passem...Passem...

www.trazamangueira.blogspot.com

Apareçam Apareçam


do vosso sempre querido...

quinta-feira, setembro 07, 2006

Não sei...

Não quero, não tenho, não vou, não fui, não vi, não estive, não saboriei, não saberei, não sinto, não vivo, não morto, não presto, não estou... Não me chateies!


NÃO!

Profissão: músico.

Indivíduo A: Sou guitarrista.
Indivíduo B: Ai és? E o que é que fazes?
Indivíduo A: Ora! Toco guitarra!
Indivíduo B: Ah! Ok. É que eu pensava que…

Este é o diálogo modelo entre um músico e a maioria daqueles que representam a sociedade em que estamos inseridos. Por defeito, ser músico, não é possuir efectivamente uma profissão. Estudar um instrumento, levar a cabo ensaios, apresentações ao vivo, e mais ensaios e gravações e composição e… não é para a boa parte das pessoas um trabalho. De resto, a desvalorização das artes reflecte-se também na desvalorização dos artistas.

Uma pequena incursão ao universo do músico, e procuraremos aqui um denominador mínimo comum para os músicos dos diferentes quadrantes, deparamo-nos de imediato com o facto de, grosso-modo, a formação de um indivíduo enquanto músico começar desde tenra idade. Numa primeira fase como componente essencial à edificação deste, reconhecendo-se à música, bem como ao desporto (entre outras actividades) a faculdade de proporcionar o desenvolvimento insofismável de capacidades criativas, cognitivas, a tolerância, etc… criando alicerces na construção da “pessoa”.

Numa fase avançada, a opção, para muitos, passa por procurar continuar a fazer aquilo que desde sempre foi uma actividade presente ao longo do percurso de vida. Ser músico. Música clássico, contemporânea, rock, pop, funk, hip-hop, salsa, jazz… ser músico, só. Pagar as contas com o trabalho concretizado a fazer aquilo para o qual permanece uma dedicação incomparável e por longos anos. Trabalhar e colher resultados por “andar metido na música.”

Os instrumentos custam valores astronómicos. O ensino é pago e aquele que a estrutura pública oferece é digno de ridicularia, questionando-se não raras vezes qual o verdadeiro objectivo do ensino musical nas escolas. A capacidade de descodificar a mensagem artística, adquirida ao longo do processo de educação é próxima do zero. Hoje só um dos lados da história é contado. O público em geral confunde música com televisão e músicos com actores. Entende que o músico é aquele que quer ser “famoso”, antes ignora o facto do músico apenas procurar reconhecimento pelo seu trabalho, à imagem do que acontece em todas as actividades, contando que na música é ao público que cabe o papel de reconhecer o trabalho dos artistas.

Baralhando e voltando a dar,
Babince

quarta-feira, setembro 06, 2006

Dias passados, dias presentes

O pó acumulava-se sob a cama e os restantes móveis da casa. No chão podiamos traçar os mapas da deslocação do mais pequeno insecto ou dos pequenos passos que há muito tempo não se ouvem. Há muito tempo que não regressamos aqui... e a casa ostentava todos os sinais.

O Verão decrescia... sumia-se no adiantar de cada pôr do sol que todos admiravam como belo - contando os dias do fim. Contudo as noites continuavam quentes e eu escutava-as da varanda abandonada, plena de sinais de uma partida apressada, fora de tempo. Olhava para trás revendo os segredos da sala vazia. Entro e passo um dedo sobre a mesa julgando poder recuperar as horas passadas.
Os dias parecem cada vez mais pequenos, claustrofóbicos. Vão fechar-se sobre mim... enclausurar-me dentro das suas vinte e quatro horas - nem mais um minuto para apreciar. Mas é assim que tudo acontece dizem-me...
Sacudo o pó dos dedos e passeio pelas salas vazias desenhando um caminho a cada passo que dou sobre o mapa do chão.

(Agora não temos tempo para nada: nem uma fugaz palavra sussurada na rua, para só nós a ouvirmos e sabermos de que falamos dentro do código secreto do amor. O mundo mata-nos com toda a sua pressa e sede de sangue novo para a matança. Não temos tempo. O tempo foge. O tempo mata. O tempo consome. O tempo come. Só nós morremos de fome, secretos dentro de caixões de vidro.).

Sobre toda esta cinzenta opacidade, este ar quieto que enche com o seu vazio, sinto ainda o teu perfume - aquele enorme cliché tornado real e materializado perante os meus sentidos mentirosos. As paredes caladas à minha volta. Os móveis a escutar o respirar inquieto. Da varanda os ruídos da rua... o ronrronar mecânico da sua fala. A noite fechava-se sobre si e o vento que soprava era frio.

A casa estava vazia e sabia-o.

josé de arimateia


(nota: Libertango, Yo-Yo Ma, Soul of the Tango)