domingo, dezembro 31, 2006

Pior de 2006: a televisão.

Não pretendo ser fatalista, mas, meus amigos, este é o último ano 2006 das vossas vidas! Estarei certo? Claro que sim. Isto deve também ter sido o que mais vendeu a Maya aos seus “clientes” neste Natal, pela módica quantia de 75€ o exercício.

Quando era (mais) jovem, assim do tipo criança, todas estas festividades faziam sentido para mim. Na verdade não me dedicava a absorver o que representam. A sociedade dizia-me que tinha de festejar, e eu, submisso na idade, festejava.

Acontece que 2006 traz consigo uma agressividade incomparavelmente maior do que naqueles tempos. O discurso actual enche-se de protesto contra a febre das compras e da obrigação da troca material. Todos os que ostentam esse discurso estão irremediavelmente enfiados nos centros comerciais desta vida a fazer cumprir a realidade que tanto condenam. Eu incluído. Arrasto-me pelas longas “avenidas” de um shopping center da periferia e perco-me nas observações que vou registando.

Pessoas que pedem que lhes embrulhem caixas de “sortido de bolachas”. Famílias que se dignam comer fatias de pizza no parque de estacionamento subterrâneo fazendo do tejadilho do carro a mesa em que se fartam. Os que comentam “amanhã vou também ao gaia shopping porque também gosto muito de lá ir”. Gastam milhões naquilo que faz do ser humano pobre de ideias, de convicções, e um amontoado de merda com validade curta para que mais merda possa dar lugar àquilo que somos. Somos repetidamente: esterco.

O que está em causa? Não é tampouco o “gastar dinheiro”. Antes a consciência do “gastar dinheiro”. Neste Natal, os presentes para crianças mais vendidos estão associados a programas de televisão ou produtos televisivos. E com isto me justifico.

Quem dá os presentes? – A televisão.
Quem diz dos aumentos do Tudo? – A televisão.
Quem nos educa? – A televisão.
Quem é a tua mãe? – A televisão.
Quem toma conta dos teus filhos? – A televisão.
Quem faz companhia à tua avó? – A televisão.
Quem te governa? – A televisão.
Quem é o teu deus? – A televisão.

Se tiver de escolher o pior de 2006, é certamente a televisão.

De caçadeira em frente a um ecrã qualquer,
Babince

Onde está o menino Jesus?

Esta é a pergunta que se impõe. Não ouvi falar, por uma única vez nos meandros natalícios, daquele que protagoniza o que todos comemoram. Só o pai natal interessa. O menino Jesus foi substituído pelo velho de barbas.

O pai natal é bem mais interessante. Representa presentes, coisas materiais. Coisas que por valerem muito na sociedade conferem aos homens mais uns centímetros ao membro fálico e às mulheres um rabo maior. Quanto ao menino, esse, é chato. Esse faz pensar a multidão. Esse exige concentração e reflexão. Esse não entretém. O menino sugere a troca daquilo que já não sabemos dar, porque não há sequer onde comprar.

Será o pai natal mais fotogénico que o menino Jesus para aparecer sempre na publicidade? É pois.

Nas palhinhas deitado,
Babince

quarta-feira, dezembro 27, 2006

And Now...Singing From The Skys...



The Hardest Working Man in Showbusiness

The Godfather of Soul

Mr. Please Please himself

The Star of All Shows

Thank You for all Mr. Brown...see you arround...

Mr. James Brown is no more

boas.

É com pesar e condolências que até ao elogio fúnebre chego atrasado.
não tenho culpa: estava trânsito.

A Sex Machine já não existe. Partiu no natal... (será que se trata de um caso de rapto? um pai natal enlouquecido? - não se sabe.) O mundo fica um local mais pobre e todas essas tretas... Porque nada se pode dizer que preencha o vazio deixado. A música fica mais pobre; o mundo incivilizado também. Passados turbulentos temos todos e quando alguém nos dá música... esquecemos certos pormenores. e crescer a pulso é sempre difícil (que o digam as secretárias com dores de pulso...) Dizendo sinceramente, até há algum tempo atrás (e está aqui andrézinho que não me deixa mentir) não apreciava particularmente a voz, os gritos, os tiques, as constantes mudanças de fato... mas, um belo dia fez sentido: como deus, não pode ser de outra
forma... há que ter fé! - que ele sabe o que fazzzzzz.... e assim sendo precisa de um castelo, carruagens, cortes e fausto...

Agora a sério, tanto quanto é possível tendo em conta a quadra, conseguem imaginar um mundo sem James Brown? Um Rocky sem "Eye of the Tiger"? Snappy sem a música "Livin' in America"? (esta piada só fará sentido para quem já ultrapassou a barreira dos 23. Refere-se a um anúncio televisivo a esta marca com a supracitada música)... E o getttupppaaaaaaa tão em voga há algum tempo (pronto, tou mesmo a ficar velho e acabado) e que diz respeito a um spot comercial a um modelo de Renault... seria tudo isto possível sem Mr. James Brown?
não me parece....

SOUL music: quando ter uma identidade cultural negra era uma afirmação política e social. Quando era preciso passar por cima de muitos obstáculos para se ter face... Pass the Peas que é preciso ter muita força... Não só uma forma de divertimento, mas também...

Não quero falar mais... que o silêncio faça justiça ao desaparecimento.

Quem não conhece que se informe antes que o preço dos cd's suba muito...

josé de arimateia, o choroso...

sábado, dezembro 23, 2006

Para o Admirador De Hugo Chavez

Acho que estás a precisar de umas " Holliday In Venezuela " Dr. Ludovico.








sexta-feira, dezembro 22, 2006

Feliz Natal

terça-feira, dezembro 19, 2006

Um espectáculo inapreciável!

Nem o "grande-público" queria ver isto! Não vou voltar a discutir aqui cultura de massas e cultura erúdita e cultura popular e cultura da cultura. Já não é disso que se trata. Até porque, o executivo camarário de cultura sabe muito pouco e não podemos insistir em códigos que eles não sabem decifrar.

Agora a lei é a dos números. Agora teremos, quem sabe, a ponte Luiz I em amena cavaqueira com a Arrábida no palco do Rivoli. Ou então um encenação em torno de alguém marcante na cena histórica portuguesa, assim a puxar ao coração. Tudo isto tinha já o seu lugar, e bem, na cidade do Porto. Acontece que a partir de Maio próximo os portuenses vão presentear Filipe La Feria com uma infra-estrutura de todos e ainda vão ter de pagar por isso. Que interessava para aqueles que consomem os produtos laferianos, assistir aos seus espectáculos no Coliseu ou no Rivoli? A verdade é que para uns a diferença é igual a zero, enquanto minorias foram severamente amputadas naquilo que são as condições culturais necessárias à sua qualidade de vida na cidade que também habitam.

Por outro lado, onde ficarão as associações da cidade? Onde irão festejar os seus momentos e apresentar os trabalhos artísticos das suas crianças à cidade?

O concurso foi, todos o sabem, elaborado à medida de Filipe La Feria. Só ele poderia ganhar. De resto, são cada vez mais aqueles que procuram exílio fora do Porto à conta do esvaziamento cultural da cidade onde somente as entidades de âmbito nacional procuram trazer algo de novo. Esta é a cidade que deixa escapar uma oportunidade enorme para se inserir nos contextos do circuito cultural europeu, gozando da Casa da Música, de Serralves, do TNSJ, e do património arquitectónico e da humanidade, fazendo quase nada para se promover e competir naquilo que é talvez a sua maior potência: o Turismo Cultural.

Do morro da Pena Ventosa,
Babince

terça-feira, dezembro 12, 2006

...eres un cabrón, hijo puta...

ERES UN CABRON HIJO PUTA (Terrance y Phillips)
Eres un cabrón hijo puta
un mamón y un pedorretas hijo puta.
Tu eres un capullo y un cabrón
te jodes por ser tan mamón.
Eres un cabrón hijo puta
un mamón y un pedorretas hijo puta.
Tu eres un mamón y un capullón
que le folle un pez al muy cabrón.
(pedorretas varias... y el coro
de fondo canta...
Hijo puta, hijo puta,
hijo puta, hijo puta.)
Eres un cabrón hijo puta
un mamón y un pedorretas hijo puta.
Un carapedo y hueles mal.
Tu si que estás podrido chaval.
Hijo puta, cabrón, mamón
hijo puta, hijo puta.
¡Chúpamela!

segunda-feira, dezembro 11, 2006

Urgente: Compra-se indulgência(2)

Vem-se por este meio informar que já não se há necessidade da compra de indulgência, o proponente já não preenche os requisitos, devido a morte de quem a necessitava. Dia 10 de Dezembro viu partir do mundo terreno mais um torcíonário, verê-mos se a sua culpa morre com ele ou se dê continuação ao apuramento das suas responsabilidades pelos actos que cometeu e não se faça como em Portugal onde a caravana passa e se continua a assobiar para o lado.

Parece que ele vai para o quentinho!
Jesus Rodriguez

quinta-feira, dezembro 07, 2006

O estado das coisas!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Fire Coming Out Of A Monkey's Head

(Talking)
Once upon a time at the foot of a great mountain, there was a town where the people known as Happyfolk gloond. Their very existence a mystery to the rest of the world, obscured as it was by great clouds. Here they played out their peaceful lives, innocent of the litany of excess and violence that was growing in the world below. To live in harmony with the spirit of the mountain called Monkey was enough. Then one day Strangefolk arrived in the town. They came in camouflaged, hidden behind dark glasses, and no one noticed them; they only saw shadows. You see, without the truth of the eyes, the Happyfolk were blind.

(Singing)
Falling out of aeroplanes and hiding out in holes
Waiting for the sunset to come, people going home
Jump out from behind them, and shoot them in the head
Now everybody dancing the dance of the dead
The dance of the dead
The dance of the dead.

(Talking)
In time, the Strangefolk found their way into the higher reaches of the mountain, and it was there that they found the caves of unimaginable sincerity and beauty. By chance, they stumbled upon the place where all good souls come to rest. (Chorus stops humming) The Strangefolk, they coveted the jewels in these caves above all things, and soon they began to mine the mountain, it's rich seam fueling the chaos of their own world. Meanwhile, down in the town, the Happyfolk slept restlessly, their dreams invaded by shadowy figures digging away at their souls. Every day, people would wake and stare at the mountain. Why was it bringing darkness into their lives? And as the Strangefolk mined deeper and deeper into the mountain, holes began to appear, bringing with them a cold and bitter wind that chilled the very soul of the Monkey. For the first time, the Happyfolk felt fearful for, they knew that soon the Monkey would stir from its deep sleep. Then there came a sound. Distant first, it grew into castrophany so immense it could be heard far away in space. There were no screams. There was no time. The mountain called Monkey had spoken. There was only fire. And then, nothing.

(Singing)
Oh, little town in U.S.A
The time has come to see
Oh nothing you believe you are
But where were you when it all came down on me
Did you call me now?

Fire Coming Out Of A Monkey's Head
Gorillaz,
como se dá mais do que uma singela explicação sobre o estado em que as coisas estão.

Isso explica muita coisa!

Este texo não é meu, mas gosto da sua ironia, é de um cronista que escreve para a N`S do JN na rúbrica Massa Crítica e o seu nome Tiago Rodrigues, não, não é o meu primo português.

"Será que a falta de produtividade dos portugueses se deve ao consumo de Haxixe? Será que D. Sebastião se perdeu em Alcaçer Quibir porque fumou haxixe e ficou desorientado no meio do fumo? Será que Humberto Delgado era o General Sem Medo devido ao consumo de LSD? Será que é por os autarcas andarem a fumar erva que as câmaras continuarem a regar a relva mesmo nos dias de chuva?
A resposta a estas perguntas e a explicação para a história e mentalidade portuguesas poderão residir no facto de vivermos no país europeu onde as drogas são mais baratas. Até que enfim que o Governo se preocupa em descer os preços dos bens de primeira necessidade.

A economia portuguesa versão "Ganda Moca"
Faz todo o sentido. Num país em crise económica, as pessoas ficam angustiadas e cheias de vontade de se alhear da realidade. Nesse caso, só há duas hipóteses: ou consomem drogas ou lêem o ´24 Horas`. Sendo assim, tem lógica que se baixem os preços das drogas para se esquecerem como tudo o resto está cada vez mais caro.

Se fumares ficas como o Santana Lopes, filho!
Embora muita gente diga tratar-se de uma droga leve, o que é certo é que a cannabis altera o discurso e o raciocínio de quem a consumir. Um homem perfeitamente saudável e inteligente pode, após o consumo de uma pequena dose de haxixie ou marijuana, ficar parecido com o Santana Lopes. Isto só para perceberem como o QI de um ser humano pode ser afectado pelo consumo de cannabis.

Fala-me de Cannabis!
O facto de a cannabis ser usada de uma forma generalizada em Portugal explica as telenovelas da TVI. A relação causa efeito é absolutamente certa e comprovada cientificamente. Só há uma dúvida: quem a consumiu? Os guionistas que inventam aquelas histórias? O público que passa milhares de horas por ano a vê-las na televisão? Os cientistas ainda não chegaram a uma conclusão definitiva, mas que há droga envolvida, lá isso há.

Enrola aí um!
Em Portugal a cannabis é tão barata que os portugueses habituaram-se a estar permanentemente a enrolar. E não enrolam apenas charros. O acto de enrolar tornou-se transversal na nossa sociedade. Os portugueses enrolam-se permanentemente uns aos outors. Nos preços, nos impostos, no emprego, no trânsito, não há português que não esteja convicto de que é capaz de enrolar o próximo.

O mundo é colorido
Um dos efeitos mas conhecidos da LSD é a forma como altera a percepção da realidade, realçando cores e sons. O facto de o LSD ser mais barato em Portugal generalizou o seu consumo. Nem nos passa pela cabeça a quantidade de portugueses que consomem LSD. Estão explicados alguns fenómenos visuais e auditivos do nosso quotidiano. Só mesmo um povo sob efeito de LSD é que consegue ficar fixado na televisão durante um intervalo de 20 minutos de qualquer programa. São as cores, diz a dona Ermelinda, são as cores, até parece que estou a voar montada num arco-íris!

Os limites da realidade
O LSD também provoca alucinações. E há alucinações tão fortes que ficam impressas na nossa memória como se tivessem realmente acontecido. Dou-vos um exemplo. Ainda há muita gente que pensa que o Manuel Luís Goucha e o seu programa da manhã são reais. Como se fosse possível... "

Trancrevi este texto depois de estar sobre efeito da drogas mais baratas da Europa, será que acredito em tudo o que está aqui escrito?

Jesus Rodriguez, que por tuta e meia apanha aquela "ganda moca"............................

sexta-feira, dezembro 01, 2006

Hipnose de Massas

Alguns mestres da Hipnose:
















































































































O Chavecito achou por bem lançar um boneco, réplica dele próprio, que até fala e tudo, o chamado ditadorzeco de bolso. O Ratz... Ratzin.. ratazana opulenta (ex-ratazana das catacumbas) anda na Turquia em filme a dar o dito pelo não dito. O pai natal anda a deitar whisky na coca-cola (se não acreditam, reparem bem na cor das bochechas e no ar de pifão com que ele está) porque já não consegue encontrar lugar para estacionar o trenó .

A uma escala mais local, o Sócrates diz: "Sim, admito que fodo a vida ás pessoas o mais que posso, maaaas... com educação! " (em seguida deu um murro na mesa). O Scolari , um brasileiro manhoso, por outras razões que não o bigode e o facto de ser admirador de Pinochet, consegue pôr um país em delirante febre nacionalista, com bandeiras nas janelas e tudo, por causa do futebol. E quanto à TVI não me vou alongar muito, diz que é uma espécie de televisão...

Abraço!