terça-feira, novembro 28, 2006

A Mário Cesariny

«O poeta faz-se vidente por um longo, imenso e disciplinado desregamento de todos os sentidos, todas as formas de amor, de sofrimento, de loucura, ele proprio procura, esgota em si mesmo, todos os venenos, guardando unicamente as quinta-essênçias. Inefável tortura em que necessita da maior fé, de toda a força sobrehumana, e em que se torna entre todos o grande doente, o grande criminoso, o grande maldito- e o supremo Sábio! Pois ele vai até ao desconhecido pois cultivou a sua alma , já rica, mais do que nenhum outro. Vai até ao decsonheçido e ainda que desvairado acabe por perder a inteligênçia das suas visôes, ele viu-as! Que ele rebente nas suas incursões através do invisivel e do inonimado, virão outros horriveis trabalhadores, começarão pelos horizontes onde o outro tombou!(...) Portanto, o poeta é realmente, ladrão de Fogo...»
Rimbaud

segunda-feira, novembro 27, 2006

Urgente: Compra-se indulgência

Ex-ditador Sul Americano de 91 anos precisa urgentemente de uma indulgência para entrar no céu. Tem como admiradores um treinador de futebol de nome Sargentão, alguns chilenos e alguns pretendentes a ditadores de pacotilha, bom amigo de ex-secretários de estado americanos tendo sido colaborador de Kissinger. Tem como inimigos um Juíz espanhol com nome de Rei Mago, todos os comunistas, larga maioria de chilenos e de todas as pessoas de bem. Já teve momentos de Judas e de Benito. Declara que não guarda rancor contra ninguem, ama a sua pátria e assume a responsabilidade política por tudo o que fez.
Vem por este meio pedir ao Vaticano que lhe passe uma indulgência com entrada directa para o Céu.

P.S:Envie resposta ao próprio proponente.


Por mim, se ele existe, bem podes ir parar lá baixo onde está quentinho.
Jesus Rodriguez

sexta-feira, novembro 24, 2006

Subterrâneos

"Virá um dia em que ela não irá lá estar quando tu o desejares, a luz estará apagada e tu erguerás os olhos e estará escuro em Heavenly Lane e Mardou terá partido, e vai ser quando tu menos o esperares e menos desejares."
Jack Kerouac, Os Subterrâneos
(Boa viagem miúda.)
josé de arimateia, dizendo até logo em qualquer cais de embarque

quarta-feira, novembro 22, 2006

Faço Minhas as Palavras Dele


" Não consigo atinar com o que me sucedeu, não sei se me encontro de facto num estado de alienação, ou se simplesmente descarrilei e sigo praticando desatinos. Ás vezes tenho a impressão de estar a perder o juízo, noutras ocasiões parece-me que ainda não estou longe da infância, do banco de escola, e faço apenas traquinices grosseiras. "

Dostoevsky em " O Jogador "


Saudações e abraço!

terça-feira, novembro 21, 2006

P´rá Praxe e Outros que tais...

Ignomínia, Doença, Loucura
Enjoo, Demais, Fartura
Caos, Confusão, Limite
Febre, Pús, Faringite
Remédio, Dinheiro, Pobreza
Miséria, Finitude, Certeza
Quotidiano, Gordura, Largura
Mente, Vácuo, Amargura
Sonho, Erradicação, Limpeza
Conforto, Paz, Princesa
Querer, Poder, Fazer
Mexer, Nada, Acontecer

Espectros lançam cartas como se fossem os dados da vida!
Batem na Mesa como se ela tivesse culpa!
Mas... então vamos lá ver isto!
Doutores de capa rasgada, sempre de cara lavada!...
Teia mortal mascarada de Carnaval.
Imposição de vontades sobre os pobres de Espírito!
Mas deles será o Reino do Céu,
Sem ser preciso tanto escarcéu...
Honra, Hombridade e todos os Códigos de Falsidade.
Hierarquias, Praxis, e Mesquinhez...
Se pudessem usavam as peles do néofitos como estola,
Estes que ainda não sabem o que é a Escola!
Caras de quem um dia experimentou a Cola,
Cocaína, Heroína, tanto berro que me doí a garganta,
Só preciso de uma mebocaína...
Nada disto faz sentido,
Escrever à volta de tanto alarido,
Espirito de Egas Moniz, salvando da dominação sodomita
Este meu pequeno Portugal petiz que não é país...
Preces que nunca fiz...
Mas ela consciente sempre me diz...

Até amanhã...

domingo, novembro 19, 2006

Anestesia...O Elixir da Eterna Juventude

É domingo e o lar prende-me com força...
A principio classificava isso simplesmente como preguiça, cansaço mental ou apatia rasca...mas há instantes percebi que esta tendência caseira poderá nada ter relacionado com estados de espiritos pessoais...
Partia eu para mais um cross mas...o domingo exterior era completamente diferente daquele que acontecia no meu sofá... e mal ou bem foi a chuva que me fez voltar, e foi o frio que me fez "postar"...
Seria imperioso fazer uma resenha destes últimos meses nos quais estivemos literal e literaturamente distantes...portanto aí vai, tudo esteve bem, tudo foi pelo melhor, a palavra é espectáculo...
Saltando fastidiosos prolongamentos introdutórios partilho convosco algo que constatei, algo que realmente verifiquei e que não se trata apenas de mais uma conjectura fantástica pejada de laivos de romantismo e atrelada a um sentimento junkie premente...
Verifico que fomos anestesiados...
Verifico que fomos anest....
Verifico que fomos a...
Verifico que fo.....
Realmente anestesiados, e não adianta tenta dar a volta ou espernear, pois mesmo nós galácticos jardineiros andantes caímos no vil marasmo e consumimos o veneno que lançaram na atmosfera...a anestesia do século XXI...o pacote de leite...a solução banha da cobra...o deixa-andar-quieto-tudo-bem-na-boa-tá-tudo...
Mas vocês já repararam que já passaram dez anos....
Vocês já pensaram que amanhã já temos trintas....
Não é que preocupe...Não é que alarme....
Mas espremido....
Sumo...
Todos vós que me lêem, todos vós que interpretam, todos vós que eu considero intelectualmente superiores, independentemente das produções de cada um (não são os titulos que me fazem chorar)...vivem jovens...jovens...jovens....
Digo que seremos sempre jovens....malta....pessoal....
Digo EUREKA....descobrimos o Elixir da Eterna Juventude, parabéns a todos...atingimos um patamar definitivamente superior, atingimos o éden, descobrimos a mais provavelmente procurada descoberta de todos os tempos, desvendámos o que meio mundo sem sucesso procurou e outro meio nem sequer se deu ao trabalho....
Digo viva o intelecto....
Digo Urra,,,,Urra,,,Urra,,,
E mais uma vez parabéns a todos....parabéns a mim, e a vós....
Como poderá alguém rebater esta ideia, como poderá alguém contrariar esta verdade, como poderá este problema ser posto ao contrário...?
Meus meninos...é aproveitar a boleia...a decoberta está aí,...
E o mundo acredita,,,,,
Acredita em mim e em ti, também acredita neles,,,,
O mundo acredita em tudo,,,,
O mundo está anestesiado........
O mundo está anestesiado......
O mundo está anestesiado......
Todos nós nos interrogámos porque é que Saddam foi condenado à morte....Todos nós nos interrogámos como é que é possível a matança avulsa que acontece desde o inicio do século....será o século da matança?...ou terá a matança abolido as suas fronteiras homicidas, genocidas, fraticidas, tendo adquirido um novo formato optimizado que será sinónimo de séc.XXI?
Todos nós nos interrogámos porque é que navegam glaciares no pacifico...quando o mundo está avisado para o efeito de estufa e para os perigos desta humaidade inconsciente desde a geração anterior....
Todos nós nos interrogámos porque é que há pessoas tão estúpidas,,.,,,
Todos nós nos interrogámos como é que é que são possíveis as inundantes produções nacionais...todos vivemos com pessoas que nem se atrevem a pôr em causa a seriedade e realidade do que passa.....
Todos nós nos interrogámos porque é que prenderam o Sr.Cruz....e porque é que o Benfica ainda não fechou....
(restantes interrogações em anexo)
Como é que o povo cai nisto....
Como é que deixamos o povo caír nisto...
Como é que nós caímos nisto...
Será assim tão difícil encontrar o caminho para a estupidez....
Porque é que não mandámos isto tudo à merda....
Alguém que se associe.....alguém que faça parte.....alguém que se mobilize....alguém que venha...
Vamos todos nem que seja para Espinho...
Mas vamos....
Só não vamos por causa da ANESTESIA....
Mas também temos tempo....
Vamos ser ETERNAMENTE JOVENS:...
e Espinho será sempre Espinho.....
beijinho grd....nana bem

sexta-feira, novembro 17, 2006

Depoimento: Testemunho Relativo A Uma Doença

"Acordei da Doença aos 45 anos num estado de calma, em meu perfeito juízo, e consideravelmente de boa saúde, à excepção de desgaste no fígado bem como as feições pálidas características de todos os que sobrevivem à Doença... A maior parte dos sobreviventes não se recordam dos pormenores do delírio. No meu caso tomei, segundo parece, notas detalhadas sobre a doença e o delírio. Não me recordo com exactidão de ter escrito os apontamentos que agora foram publicados sob o título: Naked Lunch. O título foi sugerido por Jack Kerouac. Só depois da minha recente convalescença conpreendi o significado do título. O título contém o significado exacto das palavras: Naked Lunch - um instante parado no tempo em que todos vêem o que está na ponta do garfo.
A doença é a toxicomania e fui toxicómano durante 15 anos. Quando falo de toxicomania, refiro me a vício em junk (termo genérico dado ao ópio e/ou derivados incluindo todos os sintéticos desde o demerol ao palfium). Utilizei junk sob as mais variadas formas: morfina, heroína, delaudid, eucodal, pantopon, ópio, diocaudid, demerol, dolofina, palfium. Fumei junk, comi-a, cheirei-a, injectei-me por via subcutânea, intramuscular e intravenosa e não me escaparam os supositório. A agulha não é importante. Quer se cheira, quer se fume, se coma ou se meta no cú o resultado é o mesmo: toxicomania. Quando falo da toxicomania, deixo de parte o Kif, marijuana ou qualquer preparado de haxixe, mescalina, bannisteria caapi, LSD 6, cogumelos sagrados ou outra droga do grupo dos alucinogéneos... Não existem provas de que o uso de alucinogéneos provoque dependência física. A acção destas drogas opõe-se fisiologicamente à do junk. Devido ao selo dos E.U.A e outros departamentos de narcóticos gerou-se uma lamentável confusão entre os vários tipos de droga.
Ao longo dos 15 anos em que pertenci à categoria dos junkies tive a oportunidade de verificar a forma exacta como o vírus de junk actua. A pirâmide de junk, em que o topo devora a base (não é por acaso que os do topo são sempre gordos e anafados e drogado da rua sempre esquelético), e que se encontra espalhada por todo o universo, a alimentar as diversas populações do mundo, assenta em princípios básicos de monopólio:

1 - Nunca dar nada sem receber qualquer coisa em troca.

2 - Nunca dar mais do que o devido (apanhar sempre o comprador ávido e fazê-lo sempre esperar).
3 - Recuperar sempre tudo se possível.

O Passador acab sempre por recuperar tudo. O drogado necessita cada vez mais de junk para manter a forma humana.
Junk significa o poço do monopólio e da posse. O drogado fica de parte enquanto as suas próprias pernas o levam directamente à reincidência. Quanto mais junk se utiliza menos se tem e quanto mais se tem mais se usa.
(...)

Junk... o produto ideal, mercadoria do Sétimo Céu. Não há necessidade de se saber vender. O próprio comprador rastejará pelo cano de esgoto, implorando a compra... O traficante de junk não vende o produto ao consumidor, mas o consumidor ao produto. Não melhora nem simplifica a mercadoria. Degrada e simplifica o cliente. Paga ao pessoal com junk..."

William S. Burroughs - "Naked Lunch"

Palavras de quem sabe para quem quiser aprender...

quinta-feira, novembro 16, 2006

Primeira pedrada depois de uma gripe












Há circunstâncias em que é dificil dizer ou escrever coisas.

Saudações e Abraço!

quarta-feira, novembro 15, 2006

"...Nobody Expects the Spanish Inquisition!.."


Nos processos da inquisição a denúncia era prova de culpabilidade, cabendo ao acusado a prova de sua inocência. O acusado era mantido incomunicável; ninguém, a não ser os agentes da Inquisição, tinha permissão de falar com ele; nenhum parente podia visitá-lo. Geralmente ficava acorrentado. O acusado era o responsável pelo custeio de sua prisão. O julgamento era secreto e particular, e o acusado tinha de jurar nunca revelar qualquer fato a respeito dele no caso de ser solto. Nenhuma testemunha era apresentada contra ele, nenhuma lhe era nomeada; os inquisidores afirmavam que tal procedimento era necessário para proteger seus informantes. A tortura só era aplicada depois que uma maioria do tribunal a votava sob pretexto de que o crime tornara-se provável, embora não certo, pelas provas. Muitas vezes a tortura era decretada e adiada na esperança de que o medo levasse à confissão. A confissão podia dar direito a uma penalidade mais leve e se fosse condenado à morte apesar de confesso, o sentenciado podia "beneficiar-se" com a absolvição de um padre para salvá-lo do inferno. A tortura também podia ser aplicada para que o acusado indicasse nomes de companheiros de heresia. As testemunhas que se contradiziam podiam ser torturadas para descobrir qual delas estava dizendo a verdade. Não havia limites de idade para a tortura, meninas de 13 anos e mulheres de 80 anos eram sujeitas à tortura. As penas impostas pela inquisição iam desde simples censuras (leves ou humilhantes), passando pela reclusão carcerária (temporária ou perpétua) e trabalhos forçados nas galeras, até a excomunhão do preso para que fosse entregue às autoridades seculares e levado à fogueira. Castigos esses normalmente acompanhados de flagelação do condenado e confiscação de seus bens em favor da igreja. Podia haver privação de herança até da terceira geração de descendentes do condenado. Obrigação de participar de cruzadas também foi pena durante o século XIII. Na prisão perpétua, considerada um gesto de misericórdia, o condenado sobrevivia a pão e água e ficava incomunicável. Nem o processo nem a pena suspendiam-se com a morte, pois a inquisição mandava "queimar os restos mortais do hereje e levar as cinzas ao vento", confiscando as propriedades dos herdeiros. Havia também, muito comum na inquisição portuquesa e na espanhola, a execução em efígie, onde era queimada a imagem do condenado, quando este fugia e não era encontrado. Livros também eram levados à fogueira.
...vendendo Kit's Indulgência...

segunda-feira, novembro 13, 2006

Aurora

«Do que não podemos falar temos que guardar silênçio.»
Wittgenstein

domingo, novembro 12, 2006

Há dias em que penso mais do que outros.

Hoje pensei em ti, ... Jardim.


















Chutando a relva humedecida,
Babince
babince@gmail.com

quinta-feira, novembro 09, 2006

Bush

O arbusto...

Passatempos "Os Gajos do Jardim".


Verificando o peixe de quem vende,
Babince
babince@gmail.com

terça-feira, novembro 07, 2006

You´ll never walk alone

When you walk through a storm,
Hold your head up high,
And don't be afraid of the dark.
At the end of a storm,
There's a golden sky,
And the sweet silver song of a lark.
Walk on through the wind, Walk on through the rain,
Though your dreams be tossed and blown..

Walk on, walk on, with hope in your heart,
And you'll never walk alone.......
You'll never walk alone.
Walk on, walk on, with hope in your heart,
And you'll never walk alone.......
You'll never walk alone.

A todas as raízes que povoam o jardim que é a minha vida.

sexta-feira, novembro 03, 2006

O Corpo

foto: quase.

Tinha aberto os olhos.
Estava a ver tudo.

Tóni saía de casa a horas certas para ir buscar aquilo. Tinha uma predilecção pelo papel de prata. A sua figura magra e ossuda, com um ligeiro e quase imperceptível mancar estava sempre a entrar e a sair de casa: cara impenetrável, olhos pequenos e avaliadores, uma pressa incompreensível e premente.

Qualquer pessoa mais habituada a andar na rua e a avaliar com o olhar quem se cruza consigo conseguiria ver facilmente quem ele era; o que fazia; a pressa que o comandava. Pouco mais se sabia sobre essa personagem: das roupas usadas saía um cheiro subtil a suor, doença, um banho já antigo. Muitas vezes me cruzava com essa personagem em vários pontos da cidade. Sempre de noite - de dia raramente era visto.

Havia uma casa onde ele existia: mulher e filho. Coisas como toda a gente acaba por ter. O puto andava de um lado para o outro. A mulher raramente a via: existia algures numa fronteira invisível que se quebrava quando se ouviam sons de gritos, coisas que partiam, luzes que se apagavam. Tóni saía de casa, seguro de si, sempre com a mesma pressa.

O puto via-o de dia... de noite quase nunca a não ser no verão, quando o calor convida à vadiagem própria da infância. De dia estava à janela: assobiava e escondia-se; por vezes, aos mais desatentos que ficavam a olhar para cima, cuspia... também o fazia a uma velhota que passava várias vezes na rua... eu ria-me e compreendia: quem na infância não tinha repulsa à morte que se anunciava? e lutava contra ela com as armas possíveis...

Num dia algo de estranho se passava. Dois camiões na rua; dois polícias e carro patrulha estacionado ao fundo da rua; vários gajos, se calhar trolhas?
Voavam coisas da janela: roupas, lençois, cobertores, sacos, toalhas de mesa, talheres... armários e mobiliário e televisores duvidosos explodiam nas traseiras da carrinha de caixa aberta; da janela aberta de onde choviam os objectos ouviam-se ruidos de coisas a partir, de madeiras a quebrar: uma ausência de vozes humanas.

Cá em baixo, junto às carrinhas, os bófias esperavam não sei o quê. Guardavam não sei que valor... Sempre que algo caía, sempre que algo se partia havia um sorriso nas suas fauces; um esgar de prazer por um qualquer estranho dever estar a ser cumprido. Senhoras de aspecto e carteira respeitável paravam a ver. Diziam que nada daquilo fazia sentido. Perguntavam o que estava a acontecer e diziam que a lei pode ser cumprida sem estragar o pouco que tem quem pouco tem. Os bófias sorriam e diziam que nada disso lhes dizia respeito. Quando elas viravam costas e se afastavam um pouco olhavam-se como se dissessem: "olha lá que maluca havia de vir aqui nos chatear." - e mais um sorriso iluminava de sangue os seus carões. Mas continuavam a surgir pessoas que reclamavam, que diziam que aquilo não podia nem devia ser assim...

A chuva continuava: espreitava para dentro das caixas de carga: muito cartão, muito pano, pouca substância.

Alguns brinquedos caídos sobre o caos de tudo aquilo.

É quase cómico aquilo que os objectos podem contar sobre os seus donos... demonstrar na sua insignificância quem são e o que têm...

A operação durou pouco tempo: apenas o necessário para esvaziar a casa, selar as portas, expulsar os ocupantes.

Na rua ficaram alguns vestígios que rapidamente desapareceram: algumas folhas brancas, pequenos pedaços de madeira, um pequeno corpo de um brinquedo sem cabeça...

As pessoas continuam a passar - já não olham; já não vêem nada.

josé de arimateia, observando a chuva que dissolve


Buzz

















A fronteira entre
a melancolia e a euforia
é tão ténue que muitas vezes fico confuso.



Saudações e abraço!





Ken Ewing a ver as coisas em duplicado.

quarta-feira, novembro 01, 2006

Caos

Spinning, Grinning, Believing, Deceiving, Whirling, Twirling, Confusing, Amusing, Discovery, Recovery, Inherency, Transparency, Fusion, Conclusion, Reality, Fatality.

Saudações e Abraço!