segunda-feira, maio 21, 2007

Ri-te, ri-te Sócrates !


Eu proponho a todos os portugueses que abram bem os olhos e vejam o que está a acontecer em Portugal. Este é o governo mais autoritário dos últimos 33 anos, o nosso primeiro-ministro pensa que por ter maioria absoluta, tem uma espécie de carta branca para por em prática o seu projecto para o país, um projecto de poder pessoal, autoritarismo, sem discussão, sem crítica , com o controlo dos meios de comunicação, da polícia , do exército, dos dados pessoais dos cidadãos, está bonito está! Lembro-me de agora do artigo do vasco pulido valente que com razão apelida ( o caso do professor da dren que fez uma piada sobre o caso do diploma falso da independente e foi suspenso pela directora da dren que considerou que ele tinha insultado o primeiro-ministro), como crime politíco.Tudo isto é sinal daquele (Portugal do respeitinho ao senhor doutor), onde a verdade é sempre relativa, e o Salazar ganha concursos de popularidade, onde se pratica a mentira como arte política, onde os pobres é que pagam a crise, e as elites vão enchendo os bolsos com milhões, onde o estado instituiu uma manual de delacção para os funcionários públicos só comparável aos tempos da pide e da rede de bufos que ela tinha. E quer controlar quem faz greve dando a desculpa das estatistícas, querem fazer-nos passar por parvos, não é!

terça-feira, maio 15, 2007

E porque não?

Trabalhar á noite é fodido, o meu cérebro, ainda vai aguentado a pancada ( nos ultimos dias tenho acordado ás 8 e meia... da noite ) mas o estômago não acha assim tanta piada.
Bem, esta frase resume o meu dia a dia, ou melhor, noite a noite desde que regressei ao trabalho depois das férias. O mais absurdo é que estou no turno da noite " por tempo indeterminado " para substituir um colega que foi despedido por levar para casa ( não gosto de dizer roubar ) um dvd!!!!! Mais absurdo ainda, o dvd era oferta na compra do jornal " Expresso " e o nome do filme era " Imnsonia ".
Suponho que o tal colega não deve ter assim tanta vontade de dormir depois de ter sido despedido por motivo tão ridículo. No meio disto tudo quem se fodeu fui eu que vim parar outra vez a este turno.

Falando do que interessa, noutro dia estava a ver uns livros e como não vi nada que me chamasse a atenção já me ia embora, quando me deparei com um livro de Hunter Thompson,( o tal que também escreveu "Delírio em Las Vegas") "Diário a Rum", ainda hesitei, custava 15 euros e tal ... mas depois pensei, e porque não?
Ainda só vou no segundo capítulo e não estou nada arrependido, afinal estamos perante o rei do jornalismo gônzico.
Paul Kemp é o nome do narrador e a personagem que acaba por ser o próprio Thompson, como o Raoul Duke o é no Delírio em Las Vegas, assim como a base da história também é real, o Hunter Thompson esteve mesmo uns anos em San Juan, Porto Rico.
O inicio da história é Paul Kemp, jornalista nova-iorquino, "numa noite péssima dos meados de Janeiro de 1958 " a apanhar um pifo para no dia seguinte dormir melhor no avião, já que ia viajar para a ilha de San Juan para ir trabalhar para um jornal local " San Juan Daily News " a convite de um tal de Lotterman, que tinha fundado o jornal 3 anos antes.
O mais bonito é que segundo consta, o Johny Depp já está em "filmações" interpretando Paul Kemp e parece que também este livro vai dar origem a filme, com Benicio Del Toro desta vez no papel de realizador. Parece-me bastante aliciante.






Não sei se algum dos jardineiros já leu, mas, se ainda não, deixo um pequeno aperitivo gônzico, para quem estiver interessado nesta história:

( Paul Kemp já na ilha no primeiro contacto com Rob Sala e Yeamon, dois colegas do San Juan Daily News , num bar manhoso chamado o Pátio, que vai ser o ponto de encontro destes jornalistas, e onde se vão servir cerveja e rum que davam para encher uma destilaria: )

Ficámos ali várias horas, a conversar, a beber ociosamente, a matar o tempo enquanto um piano triste cantarolava lá dentro. As notas vogavam até ao pátio conferindo á noite um tom desesperançado, melancólico que quase era agradável.



( Paul Kemp no primeiro dia de trabalho: )

Ao descer para o edíficio do Daily News vi o bando ( um gang de porto-riquenhos que se plantavam á porta do jornal para roubarem os jornalistas ). Alguns seguravam grandes cartazes e outros estavam sentados na beira do passeio ou encostados aos carros estacionados e de tempos a tempos gritavam a quem quer que entrasse ou saísse. Tentei ignorá-los, mas um veio atrás de mim a berrar em espanhol e a brandir o punho enquanto eu seguia depressa para o elevador. Tentei apanhá-lo na porta, mas ele saltou para o lado quando ela se fechou.
Ao atravessar o patamar da sala de redacção ouvi alguém aos berros lá dentro. Quando abri a porta vi Lotterman em pé no meio da sala, a abanar um exemplar do El Diario. Apontava para um louro baixinho:
- Moberg! Estupor de bêbado! Tens os dias contados! Se acontecer alguma coisa a essa máquina desconto-te o conserto no cheque de despedimento!
Moberg não disse nada. Tinha um aspecto suficientemente doente para ter que ir para o hospital. Soube mais tarde que tinha ido á redacção completamente bêbado e urinado na máquina de teletipo. ainda por cima tínhamos um furo sobre umas navalhadas no cais e era Moberg quem fazia os casos de polícia. Lotterman voltou a amaldiçoá-lo e a seguir virou-se para Bob Sala, outro jornalista, fotógrafo, que acabara de chegar.
- Onde estiveste ontem á noite Sala? Porque é que não temos fotos das navalhadas?
Sala ficou surpreendido
- Que raio! Acabei ás oito, quer que eu trabalhe vinte e quatro horas por dia?
Lotterman murmurou qualquer coisa e afastou-se. Depois viu-me e chamou-me ao seu escritório.
- Jesus! - Exclamou enquanto se sentava. - Que se passa com estes sornas? Piram-se do escritório, mijam em equipamentos caros, estão sempre bêbados... É para admirar como não enlouqueci!
Sorri e acendi um cigarro. Ele olhou-me com curiosidade.
- Queira Deus que tu sejas um ser humano normal. Mais um pervertido por cá e será a gota de água.
- Pervertido? - inquiri.
- Oh, sabes o que quero dizer - disse ele com um gesto da mão. - Pervertidos em geral, bêbados, sornas gatunos. Sabe Deus de onde vêm.
E prosseguiu: - Não valem um balde de merda! - exclamou. - Infiltram-se aqui como doninhas, fazem-me grandes sorrisos, depois desaparecem sem dizer palavra a ninguém - abanou tristemente a cabeça. - Como é que hei-de tirar um jornal se só tenho esponjas?
- A coisa está feia. - disse eu
- Pois está. - concordou ele -, acredita que está.
Levantou os olhos.
- Quero que te adaptes o mais depressa que puderes. Quando sairmos daqui, vais ao arquivo vasculhar números antigos, tiras umas notas, descobres o que se passa. Mais tarde podes reunir com o Segarra, o nosso chefe da redacção. Disse-lhe que te pusesse a par.
Conversámos mais um bocado e eu disse que tinha ouvido boatos de que o jornal podia fechar. Ele pareceu alarmado.
- Ouviste isso do Sala, não foi? Pois, não lhe ligues, é maluco!
Sorri: - Está bem. Só achei que devia perguntar.
- Há aqui malucos a mais - disse ele ríspido. - Precisamos de alguma saúde.
A caminho do arquivo ia a pensar quanto tempo duraria eu em San Juan, quanto tempo antes de receber o título de « doninha» ou «pervertido», antes de começar a bater em mim ou ser triturado por bandidos nacionalistas. Lembrei-me da voz do Lotterman quando me tinha telefonado para Nova York, o estranho tom abrupto e a linguagem esquisita. Tinha sentido a coisa então, mas agora sabia. Quase conseguia vê-lo, a agarrar o telefone com ambas as mãos, a tentar manter a voz estável enquanto bandos de marginais porto-riquenhos se reuniam á porta do jornal e repórteres bêbados urinavam por todo o escritório e ele tenso a dizer-me ao telefone: - É seguro Kemp, você parece suficientemente normal, venha trabalhar para cá e...
E cá estava eu, cara nova no poço de víboras, futuro pervertido ainda por classificar, a exibir uma gravata garrida e uma camisa de flanela, não exactamente novo mas ainda não acabado : um homem no limiar, por assim dizer, a caminho do arquivo para ver o que se passava.


Saudações gônzicas e Abraço!



domingo, maio 13, 2007

Checkmate... Fool!

Dias bizarros correram e decorreram...
De Queima em Queima vejo todos aqueles que irão ser o futuro e o garante da Nação...
Aqueles que são supostos protegerem-te agridem-te...
Não suportam ver a sua EX a confraternizar com outro e pronto quem pagou foi o macaco...
Mas este episódio só veio mostrar uma coisa... o Karma HÁ!
Reencontrei gente à muito perdida e perdida andava muita gente.
Quinze dias de esfarrapanço físico e dormência mental...
Adormecer na praia e acordar escaldado...
Esfolar em Maio...
Estou esgotado!
Preciso de uma patroa que me pague...
O peão faz check-mate!
Cai o Rei...

Mazi dEUS eX mACHINA, figadal, mais consciente de si e sempre pronto a fazer Roque.

a metafísica do caldo verde

boas

a história de embalar de hoje é:

três polacas pedem um caldo verde... não, não é o começo de uma anedota: estamos num jantar festa... mal sabem elas que a sua cara de felicidade multicultural vai desaparecer com a visão de uma malga cheia de uma caldo com pedaços: rico de couve, encorpado de batata, pleno de chouriço... uma riqueza nacional que tem vindo a alimentar gerações infindáveis de portugueses, sejam eles o que forem.

bom, agora cabe a vocês imaginar a substituição do sorriso rasgado pela boca franzida da suspeita, o furor da inspecção nasal sobre os vapores, o "espetar - com - a - colher - para - ver - se - está - vivo" - mas não estava e a fome imperou sobre a análise científica.

ainda assim, depois das primeiras colheradas, não estava ainda convencida: pareceu-me até que o que ajudava à prova era o vinho tinto que elas emborcavam abundantemente, do ponto de vista polaco, claro. ainda assim demonstravam uma coragem e um altruísmo palatal digno de nota. eu não comi daquela mistela: o meu palato civilizado não aceita tais ofensas ao bom gosto - e além do mais, a couve faz-me vomitar.

moral da história e a metafísica do caldo verde:

há quem tenha coragem de comer o caldo e há pessoas a quem o caldo faz vomitar e há até pessoas que nunca comeram caldo... por isso embrutece-te e deixa o caldo fluir através de ti...

(a piada: paula bobone a escrever um livro de boas-maneiras dedicado única e exclusivamente ao degustar ultra-civilizadamente o caldo...)

josé de arimateia, todo em parabolas sem sentido

quarta-feira, maio 09, 2007

money is fake

É o delírio!

Já há muito tempo que não parava em frente a um computador o tempo suficiente para escrever: os dias são passados daqui para ali, um stress constante de compromisso em compromisso. Também, em nada ajudam os trabalhos que tenho de realizar para a faculdade, para mim e para os outros... atraso-me cada vez mais a cada dia que passa porque tenho uma doença crónica chamada "falta de organização". Bom!

Continuando, não me pagam há dois meses. Segundo o estudo realizado que demonstra que a zona norte é uma em que pouco se investe e quase nada se recupera isto faz todo o sentido. Contudo, trabalhar por desporto, por muito que se goste do que se faz, é algo cansativo.... especialmente quando a desculpa é: "eu pago para a semana, de certeza!"... Maníacas religiosas que espalham velas pelo escritório e um altar indeciso entre o religioso e o profano no gabinete andam-me a fazer passar por otário... é a isto que chegamos. Há concursos, passatempos e etc's que seriam perfeitos para mim, mas não consigo: falta-me tempo, dinheiro, confiança. O básico.

Talvez um dos meus problemas seja, não a falta de capital, mas a falta daquele magnífico e imenso complexo de superioridade que põe aquele brilho nos olhos de tanta gente. Sendo superior a todos, nada teria a temer; não precisaria de ninguém; seria sempre perfeito e passaria incólume através do mundo - ele estaria parado a olhar-me.

Contudo, isso falta.

Criado à boa velha maneira portuguesa sou pequenino; tremo perante outra perspectiva que não a absoluta estabilidade; tenho uma falta de visão terrível; o mundo passa-me ao lado sem eu perceber o que ele é ou como o fazer girar à minha volta. Sou atávico... e não tenho idade nem ninguém a quem pedir o dinheiro que preciso.

(e, como todos os portugueses, queixo-me demais e faço muito pouco! c'est la vie!)


Portanto há que fazer por isso.


Saudações aos jardineiros empreendedores!... O que é necessário são pessoas dispostas a alterar os paradigmas jogando dentro do sistema.

Enquanto espero o dinheiro que me devem e sou enrolado pelo sistema "que me consome e aleija" vou pensando naquilo que poderia fazer se, efectivamente, existissem condições para tal.




josé de arimateia, mais um génio desaproveitado

sexta-feira, maio 04, 2007

Barcelona, 04 de Maio de 2007


Rambleando,
Babince

quinta-feira, maio 03, 2007

De Barcelona para o Mundo!

Tenho poucas horas naquele que é considerado um dos maiores pólos criativos do planeta: Barcelona, Espanha. Estarei por cá vários dias e faço contas de ir comunicando para jardim ver. Fica o primeiro documento.



Hasta mañana,
Babince