quarta-feira, abril 30, 2008

Cosmic Keys, Archaic Man, and The ShapeShifting Lizard Kings

«Com a ameaça de Lei Marcial , o desejo da mente colectiva para que se cumpra a história do Apocalipse e uma possível catástrofe global no horizonte correspondendo com o Eschaton de 2012. Temos que nivelar o jogo – e trazer um equilíbrio ás vibrações do planeta se queremos escapar destes obstáculos desafiantes ao nosso futuro. Segue-me através da toca do coelho – como descobrimos a influência ‘réptil’ que tem vindo a desmoralizar, escravizar e corromper a humanidade por milhares de anos – e o seu improvável e expressivo médium – os desenhos animados dos anos 80.»*
*http://www.youtube.com/user/soundlessdawn
Visite o Projecto Camelot para mais informação no que respeita ás declarações do político da Noruega.
http://www.projectcamelot.org/norway....
O conteúdo deste vídeo não corresponde em totalidade ás minha crenças no futuro. Deixo o resto aos vosso juízos…
Os meus cumprimentos

quinta-feira, abril 24, 2008

A propósito da Liberade....












Liberdade ( poema de Paul Éluard)
Nos meus cadernos escolares
Na minha carteira e nas árvores
Na areia e na neve
Escrevo o teu nome
Em todas as páginas lodas
Em todas as páginas brancas
Pedra sangue papel ou cinz
Escrevo o teu nome
Nas imagens douradas
Nas armas dos guerreiros
Na coroa dos reis
Escrevo o teu nome
Na selva e no deserto
Nos ninhos nas giestas
No eco da minha infância
Escrevo o teu nome
Nas maravilhas nocturnas
No pão branco dos dias
Nas estações desposadas
Escrevo o teu nome
Em todos os meus trapos de azul
No charco sol bolorento
No lago de lua viva
Escrevo o teu nome
Nos campos no horizonte
Nas asas dos pássaros
E nomoinho das sombras
Escrevo o teu nome
Em cada bafo da aurora
No mar nos navios
Na montanha demente
Escrevo o teu nome
Nas formas cintilantes
Nos sinos das cores
Na verdade física
Escrevo o teu nome
Nos atalhos despertos
Nas estradas abertas
Nas praças quee xtravasam
Escrevo o teu nome
No candeeiro que se acende
No candeeiro que se apaga
Nas minhas casas reunidas
Escrevo o teu nome
No fruto cortado em dois
Do espelho e do meu quarto
No meu leito concha vazia
Escrevo o teu nome
No meu cão guloso e meigo
Nas suas orelhas erguidas
Na sua pata desajeitada
Escrevo o teu nome
No trampolim da minha porta
Nos objectos familiares
No jorro do fogo abençoado
Escrevo o teu nome
Em toda a cane concedida
Na fronte dos meus amigos
Em cada mão que se estende
Escrevo o teu nome
No vidro das surpresas
Nos lábios aplicados
Bem por cima do silêncio
Escrevo o teu nome
Nas ausências sem desejo
Na nua solidão
Nos degraus da morte
Escrevo o teu nome
Na saúde regressada
No risco deaparecido
Na esperança sem memória
Escrevo o teu nome
E pelo poder d’uma palavra
Recomeço a minha vida
Nasci para te conhecer
Para te nomearLiberdade
(poema de Paul Éluard)
Poema de Paul Éluard inserido na colectânea da sua poesia «Poemas de Amor e de Liberdade» com tradução de Egito Gonçalves publicada pela Campo das Letras

terça-feira, abril 22, 2008

A propósito da morte do cónego....

Arcebispíada


Pregais o Cristo de Braga
Fazeis a guerra na rua
Sempre virados prò céu
Sempre virados prà Virgem

A Santa Cruzada manda
Matar o chibo vermelho
Contra a foice e o martelo
Contra a alfabetização
Curai de ganhar agora
Os vossos novos clientes

Além do pide e do bufo
Amigos do usurário
Além do latifundiário
Amigo do Capelão

"Abre Nuncio Vade Retro
Querem vender a nação"

"A medicina é ateia
Não cuida da salvação"
Que o diga o facultativo
Que o diga o cirurgião
Que o digam as criancinhas
"Rezas sim, parteiras não"

Se o Pinochet concordasse
Já em Fátima haveria
Mais de trinta mil vermelhos
A arder de noite e de dia

Caridade, a quanto obrigas
Só trinta mil voluntários
"Cristo reina Cristo vinga"
Nos vossos santos ovários
E também nos lampadários
E também nos trintanários

"Abre Nuncio Vade Retro
Querem vender a nação"

Ó Carnaval da capela
Ó liturgia do altar
Já lá vem Camilo Torres
Com o seu fusil a sangrar

Igreja dos privilégios
Mataste o Cristo a galope
Também Franco, o assassino
Mandou benzer o garrote


Zeca Afonso

quinta-feira, abril 17, 2008

Warren Zevon - My Shit's Fucked Up - Live on Jools Holland

Também te acontecerá a ti?

terça-feira, abril 15, 2008

and now for something completly diferent...

quinta-feira, abril 10, 2008

Há um deus que....

HINO A PÃ(de Mestre Therion *)




Vibra do cio subtil da luz,
Meu homem e afã
Vem turbulento da noite a flux
De Pã! Iô Pã!Iô Pã! Iô Pã!
Do mar de além
Vem da Sicília e da Arcádia vem!
Vem como Baco, com fauno e fera
E ninfa e sátiro à tua beira,
Num asno lácteo, do mar sem fim,
A mim, a mim!
Vem com Apolo, nupcial na brisa(Pegureira e pitonisa),
Vem com Artêmis, leve e estranha,E a coxa branca,
Deus lindo, banha
Ao luar do bosque, em marmóreo monte,
Manhã malhada da àmbrea fonte!
Mergulha o roxo da prece ardente
No ádito rubro, no laço quente,
A alma que aterra em olhos de azul
O ver errar teu capricho exul
No bosque enredo, nos nás que espalma
A árvore viva que é espírito e alma
E corpo e mente - do mar sem fim(Iô Pã! Iô Pã!),
Diabo ou deus, vem a mim, a mim!
Meu homem e afã!
Vem com trombeta estridente e fina
Pela colina!Vem com tambor a rufar à beira
Da primavera!Com frautas e avenas vem sem conto!
Não estou eu pronto?
Eu, que espero e me estorço e luto
Com ar sem ramos onde não nutro
Meu corpo, lasso do abraço em vão,
Áspide aguda, forte leão -Vem, está fazia
Minha carne, fria
Do cio sozinho da demonia.
À espada corta o que ata e dói,
Ó Tudo-Cria, Tudo-Destrói!
Dá-me o sinal do Olho Aberto,
E da coxa áspera o toque erecto,
Ó Pã! Iô Pã!Iô Pã! Iô Pã Pã! Pã Pã!Pã.
Sou homem e afã:
Faze o teu querer sem vontade vã,
Deus grande!
Meu Pã!Iô Pã! Iô Pã!
Despertei na dobra
Do aperto da cobra.
A águia rasga com garra e fauce;
Os deuses vão-se;
As feras vêm. Iô Pã!
A matado,
Vou no corno levado
Do Unicornado.
Sou Pã! Iô Pã! Iô Pã Pã! Pã!
Sou teu, teu homem e teu afã,
Cabra das tuas, ouro, deus, clara
Carne em teu osso, flor na tua vara.
Com patas de aço os rochedos roço
De solstício severo a equinócio.
E raivo, e rasgo, e roussando fremo,
Sempiterno, mundo sem termo,
Homem, homúnculo, ménade, afã,
Na força de Pã.Iô Pã! Iô Pã Pã! Pã!



O "Hino a Pã" é uma tradução do Hymn to Pan, do prefácio do livro "Magick in Theory and Practice", de Aleister Crowley. Esta tradução foi publicada em outubro de 1931 em "Presença", de Pessoa.

sábado, abril 05, 2008

Um ideal surreal

Boas...

Apesar do lapso temporal já ser grande temos, para hoje, uma pequena dose do mundo real...

















Publicada em 17/03/2008 às 22h31m
Isonilda Souza - Especial para o Globo


GOIÂNIA - A Polícia Civil de Goiás prendeu nesta segunda-feira, em flagrante, a empresária da construção civil Silvia Calabrese Lima, de 49 anos, acusada de torturar uma menina de 12 anos que foi encontrada pelos policiais acorrentada e amordaçada num apartamento no setor Marista, região nobre de Goiânia. A criança, que teria sido adotada ilegalmente, foi achada graças a uma denúncia anônima. Ela tinha sinais de tortura: unhas arrancadas, língua cortada e marcas de queimadura de ferro nas nádegas. A cena chegou a levar às lágrimas delegados e agentes que libertaram a menina.

No flagrante, a polícia filmou a adolescente presa a uma escada de ferro no terraço do apartamento e amordaçada com esparadrapos.

- Só a psiquiatria pode explicar o que é tamanha crueldade - disse a delegada Adriana Accorsi.

A empresária, que tem três filhos, de 3, 21 e 20 anos, reagiu irritada à prisão e disse que só falará em juízo.

Ela foi submetida a perícia e levada para o Conselho Tutelar de Goiânia, e por enquanto vai ficar em um abrigo para menores, em tratamento psicológico.
A menina confirmou que a empregada também a agredia, e que uma vez a forçou a ingerir fezes e urina de cachorro


Os policiais prenderam também a empregada doméstica da família, Vanice Maria Novais, de 26 anos, acusada de participação nos crimes.

Ela negou envolvimento nas agressões e alegou que era obrigada pela patroa a manter sigilo. Segundo a delegada Adriana Accorsi, da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente, a própria menina denunciou a doméstica.

- A menina confirmou que a empregada também a agredia, e que uma vez a forçou a ingerir fezes e urina de cachorro.

Ainda em estado de choque, a menina contou que os maus-tratos começaram há seis meses. Uma agenda apreendida relacionava as tarefas domésticas - algumas de madrugada - a serem cumpridas pela menina. Ela contou que, quando não conseguia, era torturada por Silvia com métodos que incluíam afogamento e privações de água e comida.

A polícia procura o marido de Silvia, o engenheiro Marco Antônio Calabrese.

A polícia apurou que a menina foi deixada pela mãe com a empresária há dois anos, para estudar em Goiânia. Ela cursaria a 6ª série, mas não freqüenta a escola desde o ano passado, porque foi reprovada por faltas. Segundo a delegada, não houve processo formal de adoção.
Pedia ajuda a Deus. Agora, quero ser feliz com o meu pai e estudar. E ter minha bicicleta


A menina revelou que a mãe mora em Pires do Rio, a 240 quilômetros de Goiânia, e o pai na capital. A polícia busca a família. Na delegacia, ela disse que quer voltar a viver com os pais:

- Pedia ajuda a Deus. Agora, quero ser feliz com o meu pai e estudar. E ter minha bicicleta.

A empresária e a doméstica foram autuadas em flagrante e devem responder por tortura e cárcere privado. A pena prevista é de até 24 anos de prisão.