terça-feira, março 28, 2006

Do Jardim, aos Aliados...

Num jardim feito blog, penso que não seria de todo despropositado discutir o facto de os jardins, na verdadeira acepção da palavra (terrenos onde se cultivam árvores, flores e plantas, para adorno ou estudo) são cada vez mais escassos em número, em tamanho e aqueles que apresentam características especificas da época em que foram elaborados, a sua remodelação poderia ser antes denominada “urbanização” ou empedernimento, sendo que este último conceito, levado ao extremo no jardim da Cordoaria confere ao jardim (como instituição) um status de grande sumidouro, não dos gases carbónicos como se pretende sobretudo nesta cidade carbonizada e coberta por uma cúpula de aerossóis, mas sim dos dinheiros públicos.

Quanto ao propósito de discutir, penso que é sempre bom, ou melhor quase sempre. Haja paciência para tal afim de cairmos na lógica do ressabiado. – Alminhas, como é difícil…. Porém é sempre bom mandar umas “farpas” nesta cidade vetusta, empedernida, suja e com um ar tão pesado ou mais que a água das fábricas norueguesas durante a II Guerra Mundial.

Por falar em Guerra Mundial recordo-me da primeira, não há nada como a primeira… Pois foi! Na primeira mandamos, com quem diz, a 1ª República, um Corpo Expedicionário que contribuiu para a vitória dos bons sobre os maus que viriam duas décadas mais tarde a tornar-se ainda piores aos olhos dos bons. Tudo isto para falar da Avenida dos Aliados. Por vezes ocultas no reverso das placas toponímicas como é o caso da supracitada ficam histórias, não por contar, mas sim por difundir. O topónimo “Dos Aliados” a meu ver faz todo o sentido, pois se não fossem “Eles”, a fiar nos relatos dos expedicionários, será que algum teria voltado para contar a história? - É tramado ser chamado para uma guerra com os Alemães e acabar a combater os arqui-inimigos da esperança de vida como a fome e a insalubridade, sem o devido apetrechamento. – Para isso não teria sido melhor terem ficado em casa onde o combate provavelmente seria o mesmo, excluindo é claro a parte bélica, e a moral seria superior?
Desta elucubração resulta este brilhante raciocínio: “È melhor ficar em casa com fome, do quer ir para uma guerra onde não se come”.
Da 2ª Grande Guerra (sem qualquer menosprezo pelas guerras da antiguidade) não vou fazer qualquer comentário, pois não questiono nada entre 1933 e 1974.

3 Comentários:

Blogger Pedrão Disse as coisas que se seguem:

Meu Meus! O que é isto!

28/3/06 14:00

 
Blogger Ken Ewing Disse as coisas que se seguem:

O comer não há, ou melhor não havia!
O sumidouro de dinheiro público há! E o mais absurdo é a naturalidade com que se encaram os desvios aos orcamentos previstos " É pá, acontece, foram só uns milhõezitos, é normal, é normal "

Abraço!

Chiquince

29/3/06 03:17

 
Blogger Unknown Disse as coisas que se seguem:

sempre bem preparados, sempre na vanguarda esses portugueses...
e com bolsos tãããããoooo fundos!......


abraçO!

29/3/06 04:52

 

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