Dois filmes. Duas perspectivas do futuro da humanidade.

Numa incursão ao cinema com abordagens ao futuro, deixo duas sugestões. Um, bem podia ser de "Domingo à Tarde" e promete um planeta governado pela idiotice - em quantidade superior à que hoje por aí há. O outro propõe uma abordagem séria sobre uma espécie em extinção: o Homem.

"Idiocracy" é uma visão curiosa do planeta em 2500 e troca-o-passo, dando dicas sobre como seria a Terra, quando administrada por uma humanidade palerma, assente no show-off extremo, que embute fast-food como nunca, que deixou de saber o que é a água porque se deixou engolir pela publicidade aos refrigerantes, que não se questiona, que elege para presidente um gajo que parece saído dos combates de luta livre. Ou seja, o que temos hoje e agora, mas apenas isso. No contexto certo haverá quem lhe ache muita piada e siga ao encontro da realidade retratada. É filmado como as novelas brasileiras. Esqueçam essa parte.

Uns bons furos acima, "Children of Men" segura-se em dois temas fundamentais: a infertilidade no Mundo e as migrações. A última criança nasceu há 18 anos. Os imigrantes no Reino Unido, e adivinha-se que assim seja por toda a parte, são amontoados em campos de refugiados. Estamos em 2027. Uma abordagem interessante e competente. Não tanto como "Idiocracy", mas também pode passar num "Domingo à Tarde". Ou talvez não.

Estão aqui sobretudo pelos temas. Uma coisa os une: "Em terra de cegos quem tem olho é REI!" E mais não digo.

CHILDREN OF MEN


IDIOCRACY



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Babince