quarta-feira, março 26, 2008

Eugenia... Tugenia... Elegenia... e por ai afora.

Olá meus caros amigos, trago-vos aqui um recorte de um artigo que foca as origens do império português, seja lá o que isso for/foi… Contudo, deixo-vos aqui um pequeno excerto focalizado num conceito altamente elaborado, fundamentado e adoptado pela mais fina nata dos cientistas que o século XIX pariu… Com consequências devastadoras para século seguinte, ou melhor dizendo, para os que sofreram “na pele” por causa destes conceitos e a sua transformação em legislações, procedimentos policiais, assassínios em massa entre outros…
Eis o recorte:
Ainda durante o século XIX, e paralelamente ao evolucionismo, emergiu a eugenia, uma prática que procurava alcançar a melhoria das qualidades físicas e morais de gerações futuras, principalmente pelo controle social dos matrimónios. O termo eugenia (eu - boa, genus - geração) foi criado em 1883 pelo britânico Francis Galton (1822-1911), primo direito de Darwin. Em 1869, na obra Hereditary genius, Galton procura provar, através de um método estatístico e genealógico, que a capacidade humana era influenciada pela hereditariedade e não pelo meio e sugere as proibições dos casamentos inter-raciais, tendo em vista um aperfeiçoamento das populações e a eliminação de características indesejáveis. Inspira-se no darwinismo para elaborar em 1883, na obra Inquires into Human Faculty and its development, a teoria eugénica de “aperfeiçoamento da raça humana”. No entanto, segundo o próprio, o processo darwiniano de selecção natural já não operava sob as condições de uma vida “civilizada” e, por isso, era necessário intervir activamente no desenvolvimento do homem. Galton inspirou-se ainda nas descobertas de Gregor Mendel (1822-1884), um monge checo, conhecido como o fundador da genética. Ao transferir o resultado das descobertas de Mendel acerca do cruzamento de ervilhas para os humanos, Galton considerou necessário procurar manter as “raças” puras.


In, Oximórons do Império: as buscas da perfeição ao serviço da nação por Patrícia Ferraz de Matos


Aquele Abraço

2 Comentários:

Blogger Mazi Disse as coisas que se seguem:

~Great and many cheers~...

especie de evoluçao nao a evoluçao da especie...

27/3/08 01:36

 
Blogger Unknown Disse as coisas que se seguem:

bom doutor a casa torna...
vê se passas mais vezes!

Agora, da ervilha ao ser humano, pensava que eram necessários mais que dois passos... pelo menos em teoria! Estes supremacistas... querem tanto acreditar em si mesmos que são capazes de dizer qualquer coisa ou usar qualquer argumento. Seria de pensar que a evolução ia tratando da evolução... das mentes.

Abraço!

29/3/08 05:45

 

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