Antes que “eu” me aborreça.

Setembro aproxima-se. Pela primeira vez em 18 anos, as aulas não estão prestes a começar. Naquele dia estava sol e havia incerteza, resta saber se tão volumosa como a que hoje invade as minhas reflexões. Reflexões incertas, sempre. Naquele dia começava-mos um projecto participado por mim e por “eu”. Nos balanços que agora me devo concluo que ambos estarão irremediavelmente incompletos. O “eu” e o “eu”. O “eu” construído e o “eu” descodificado. Aqui e agora, saber o que aprendi e tudo quanto sou capaz de decifrar com as armas que o conhecimento me facultou e que acredito continuar a conceder-me, não é certamente um agente simplificador da minha realidade. Sou o maior mistério de mim mesmo. Por ora, assim permanecerei sob pena de me aborrecer.

Em busca das questões,

Babince