quinta-feira, julho 20, 2006

Espectros de Mim

Noite escura...
Completa e envolvente!
Pode ser que um dia voltes para me ver, apesar de não acreditar.
A tua memória enche de força, os batimentos o meu motor de sangue,
que talvez só se mantém vivo à custa dessa energia.
Espero que esteja tudo bem contigo!
Sem mim por perto, deve estar... Que tens feito?
Por onde andaste? Que viste e viveste? Tanta coisa que te quero perguntar e já não tenho como...
Tu já nem lhe encontras o porquê. Compreendo. Aceito.
Mas tenta só... só ouvir-me! Não te vou mentir.
Dada a gravidade de tudo, bem preferia estar a mentir!
Há quem diga que são os azares da vida. Não há dia que passe e não me lembre, não há noite que passe sem recordar, a tua tensão ao meu chegar. Tudo ficou bem com aquele beijo...
Lembras-te? Se calhar fiz a maior asneira da minha vida... ao deixar-te... mas tinha de ser. Desculpa!
Porque hoje apenas vivo dentro de ti. Este não sou eu. Nunca fui. Não quero ser e a ele estou amarrado.
Vê...
Escuta...
Apercebe-te do pulsar da vida. Se o tentares perceber, muito tempo precioso desperdiçarás e não sobrará muito para o resto. Se o ignorares é a ilusão. Limita-te a seguir o teu ritmo, como um escravo ao ritmo do tambor...
Podes marcar o ritmo do teu corpo mas nunca o das remadas! Não te cabe a ti decidir quando, quanto e como remar, só o porquê.
Mas porquê?