Mandou a vontade colectiva que se colocasse por estas bandas uma janela para o jardim dos gajos, e que através desta se observe “Os Gajos do Jardim” – enquanto o tempo quiser e a querença o determinar, que isto de jardins a todas as horas pode dar origem a cavidades profundas, nomeadamente em terreno mental. E para essas não há grande remédio senão cavá-las mais fundo. Arrepiar caminho.
Serão colocados com frequência novos documentos com o olhar inócuo d’ “Os Gajos do Jardim”, tecendo pareceres sobre assuntos unanimemente considerados sérios. Documentos que traduzam as mais importantes ideias que circulam acolá, no balcão de mercearia, entre o livro dos calotes e a caixa registadora sem rolo porque nada há a registar, apesar do tanto que por ali se regista, à imagem do jardim, onde muito se assenta e nada se regista, apesar do tanto que haverá de registável. Façam orelha.
E porque de crateras cerebrais originadas pelo culto de pensar andam estes gajos munidinhos, e cada vez mais munidos a cada um dos doze pontos fortes do relógio, reconheceram que seria um descorçoamento brutal não proporcionar a todos os interessados pela coisa internética e nesta pelas coisas escritas, a fortuna de consultar tão raros documentos como os que aqui serão publicados, não tarda nada alvo de estudos intensos sobre a complexidade encefálica revelada pela trupe do jardim patenteada nos manuscritos rescritos para fins digitais com o auxílio de uma das mais poderosas criações do homem… desde a invenção da garrafa térmica no século XIX: o computador pessoal.
Esta janela que nos conduzirá ao jardim tem por bem o objectivo de acudir a todos, inclusive a nós que o frequentamos assiduamente, com aquilo que de mais intenso haverá a dizer acerca das diversas temáticas disponíveis no contexto sócio-cultural de hoje, entre outras temáticas que apesar de não estarem disponíveis serão abordadas do mesmo modo, porque o indisponível é-o por desígnio táctico de alguns, entre os quais não estamos obviamente implicados. Propõe-se então o alargamento das temáticas àquelas que ainda não pertencem ao domínio público. Cabe-nos partilhá-las convosco se delas tivermos posse. Cabe a todos os visitantes do jardim comentar e partilhar connosco as que tiver igualmente em sua posse. Ali do vosso lado direito poderão recorrer a alguns caminhos, fora do jardim, onde irão encontrar muito do que presidiu à edificação daqueles que agora se reconhecem a pretensão de dizer coisas! Digam-se coisas portanto. E mais não digo.
Babince, vulgo Venâncio, e cujo nome verdadeiro é cada vez mais remoto.
1 Comentários:
Se bem me lembro, o remoto chama-se rui;)
18/2/06 21:35
Enviar um comentário
<< Regressar ao Centro do Jardim